O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), não pensou só na própria reeleição para 2026: ele também buscou ampliar a influência do governo indicando secretários e outros integrantes do primeiro escalão para disputar vagas na Assembleia Legislativa da Bahia e na Câmara dos Deputados.
Segundo lideranças próximas, a ideia era ‘gerar novos quadros’ e promover ‘oxigenação’ — ou seja, renovar o time. Mas quem foi apontado para entrar nessa corrida?
Disputa federal
Para vagas na Câmara dos Deputados, surgiram nomes ligados ao governo, como o secretário da Casa Civil, Afonso Florence (PT), e o secretário de Infraestrutura, Sérgio Brito (PSD), que buscaram a renovação de mandatos. Também foi cogitado para Brasília o presidente estadual do MDB, Jayme Vieira Lima, então diretor-presidente da Companhia de Engenharia Hídrica e Saneamento da Bahia (Cerb).
Disputa estadual
Na corrida pela Assembleia Legislativa da Bahia, muitos indicados do governo apareceram entre os cotados. Do PT, foram relacionados os deputados licenciados Osni Cardoso (Secretaria do Desenvolvimento Rural) e Neusa Cadore (Secretaria Estadual das Mulheres), além de secretárias sem mandato, como Fábya Reis (Assistência e Desenvolvimento Social) e Rowenna Brito (Educação).
Outros nomes do primeiro escalão também foram apontados para vagas estaduais: o secretário de Agricultura, Pablo Barroso (Avante); o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ângelo Almeida (PSB); a secretária de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Larissa Moraes; a secretária de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira, que buscou reeleição; e o superintendente da Defesa Civil da Bahia, Heber Santana (Podemos).
Alguns nomes chegaram a ser cotados sem confirmação partidária: pelo PCdoB foi debatida a possível candidatura de Ângela Guimarães (Sepromi), sem definição; e Roberta Santana, então responsável pela Saúde, chegou a ser considerada pelo PT para disputar vaga em Brasília, mas não teve desfecho positivo.
Prazos eleitorais
- Desincompatibilização: até 4 de abril de 2026.
- Último dia para filiação partidária: 6 de abril de 2026.
- Cadastro eleitoral: prazo final em 6 de maio de 2026 para emissão ou regularização do título.
- Convenções partidárias: entre 20 de julho e 5 de agosto de 2026.
Com esses prazos definidos, os partidos procederam às escolhas formais nas convenções, e os nomes do primeiro escalão permaneceram entre os principais cotados para disputar vagas estaduais e federais nas eleições de 2026.
Em resumo: além de cuidar da própria campanha, o governo tentou montar um elenco mais amplo — como quem troca peças para renovar um time. Agora é acompanhar como essas indicações se transformarão nas urnas.