Nos últimos anos, as maiores empresas de tecnologia aumentaram os investimentos em inteligência artificial, e a ideia de uma “superinteligência” virou tema de debate global. Segundo reportagem da Reuters, Zhang Peng, CEO da Zhipu AI, afirmou que essa tecnologia poderia surgir até 2030, mas que ainda ficaria aquém das capacidades humanas em vários aspectos.
O que é “superinteligência”?
Mas o que seria isso, afinal? No contexto das matérias citadas, o termo descreve uma IA capaz de superar humanos em raciocínio lógico, solução de problemas, tomada de decisão, criatividade e competências sociais — uma espécie de inteligência geral com capacidade para aprender e se adaptar muito além das atuais IAs especializadas.
Hoje, as aplicações que usamos no dia a dia — assistentes virtais, carros autônomos, algoritmos de recomendação — continuam focadas em tarefas específicas e dependem de dados e instruções prévias. As empresas tentam aproximar as ferramentas das habilidades humanas com modelos mais complexos e mais poder computacional, mas líderes do setor reconhecem que “superinteligência” segue sendo um conceito vago e difícil de prever no calendário.
Possíveis impactos práticos
Analistas ouvidos explicaram que, se uma forma mais avançada de IA emergir, ela poderia:
- acelerar a descoberta de tratamentos médicos, simulando testes clínicos em escala;
- personalizar terapias a partir de bases de dados enormes;
- reduzir o tempo entre identificar um problema e encontrar uma solução de décadas para minutos — na teoria.
Um ponto chave é a capacidade hipotética de um sistema reescrever seus próprios algoritmos e evoluir de forma autônoma — uma mudança de velocidade que traz oportunidades e riscos, dependendo de como for gerida.
No Brasil e na Bahia
Por aqui, inclusive na Bahia, o avanço da IA alimentou debates em universidades, empresas e órgãos reguladores sobre riscos, regulação e oportunidades econômicas. Centros de pesquisa e empresas locais seguem de olho nos avanços internacionais para ajustar iniciativas no país.
Em resumo, Zhang Peng não descartou a possibilidade de uma IA considerada superinteligente até 2030, mas ressaltou que isso não significaria, automaticamente, a superioridade humana em todos os campos — pelo menos não de imediato.