Uma reportagem com gancho local em Paulo Afonso, na Bahia reuniu oito descobertas sobre os sonhos. Ela explicou, de forma direta, como o cérebro cria essas experiências oníricas, que funções elas cumprem e de que modo acabam influenciando memória e decisões do dia a dia.
O que a ciência mostra
Aqui estão os oito pontos principais, explicados de maneira simples.
- Os sonhos podem ocorrer em preto e branco. Estudos indicam que as experiências visuais ao longo da vida moldam as cores percebidas nos sonhos: uma pesquisa de 2008, da Universidade de Dundee, associou maior ocorrência de sonhos monocromáticos a quem cresceu vendo programas em preto e branco.
- O cérebro raramente inventa rostos totalmente novos; quando aparece uma face desconhecida, é quase sempre uma mistura de traços já vistos ou lembrados.
- Todo mundo sonha várias vezes por noite, mesmo sem lembrar disso. A perda da lembrança é comum quando o despertar acontece após fases não-REM.
- Algumas pessoas conseguem controlar o que acontece nos sonhos — os chamados sonhos lúcidos — mas isso exige perceber que se está sonhando e praticar técnicas específicas.
- Os pesadelos, por mais desagradáveis que sejam, têm um papel adaptativo: permitem que o cérebro ensaie respostas a situações de estresse e medo.
- Sonhar ajuda a consolidar memórias: a fase REM contribui para organizar e fortalecer lembranças recentes.
- O sonho também funciona como um filtro, ajudando a eliminar memórias inúteis e a reter informações mais relevantes.
- Experiências oníricas podem influenciar decisões e soluções. A técnica de incubação de sonhos, estudada pela psicóloga Deirdre Barrett, da Harvard Medical School, mostrou que focar um problema antes de dormir aumenta a chance de surgirem no sonho novas perspectivas ou ideias.
Por fim, a reportagem destacou que avanços tecnológicos já permitem tentar reproduzir conteúdos oníricos por meio de inteligência artificial, e que as pesquisas continuam investigando os mecanismos do sono e possíveis aplicações práticas. Será que, em breve, poderemos ‘assistir’ aos nossos sonhos?