Depois de dias de pressão partidária, o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), informou à executiva da sigla que deixaria o cargo na sexta-feira (26), segundo o blog da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. A saída, porém, ainda não foi formalizada: Sabino aguardava uma reunião com o presidente Lula para tornar tudo oficial.
O que aconteceu nos bastidores
Fontes relataram que Lula havia pedido a Sabino que esperasse seu retorno de Nova York, onde participou da Assembleia Geral da ONU. O presidente desembarcou no Distrito Federal na madrugada de quinta-feira (25), mas, até então, não tinha marcado encontro com o ministro.
Para ganhar tempo, Sabino tentou negociar com a cúpula do partido uma licença partidária que permitiria se afastar da legenda e permanecer no cargo até o prazo final de desincompatibilização — 3 de abril — antes da eleição. A ideia era manter a pasta até poder se dedicar à campanha: Sabino deveria concorrer ao Senado pelo Pará em 2026.
Na semana anterior, a executiva nacional do União Brasil havia decidido, por unanimidade, que seus filiados deveriam antecipar a saída do governo. A orientação foi clara: havia um prazo de 24 horas para que os ministros pedissem demissão, sob risco de expulsão.
Um pouco de contexto: Sabino era deputado federal licenciado pelo União Brasil e foi indicado ao ministério pela bancada. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil–Amapá), também indicou outros dois nomes do partido para ministérios — Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações).
O que falta, então? A formalização da demissão dependia do encontro com o presidente e do cumprimento do prazo imposto pela executiva. Até a publicação da reportagem, a saída de Celso Sabino ainda não havia sido oficializada.