Na terça-feira (23), a Polícia Civil fez a apreensão de um adolescente em Maracás, no sudoeste da Bahia, durante nova fase da Operação Brilho do Amanhã. A ação teve como foco crimes praticados no ambiente virtual, relacionados ao abuso sexual de crianças e adolescentes e à intimidação das vítimas por meio de mensagens e transmissões online.
O que a investigação revelou
Os investigadores apontam que o jovem era suspeito de condutas análogas a abuso sexual infantojuvenil e de participar da produção, disponibilização e transmissão de imagens de abuso. Segundo a apuração, ele mantinha um amplo acervo de pornografia envolvendo crianças e adolescentes em plataformas digitais.
Além disso, as apurações indicaram que ele coagiu vítimas por meio de extorsão e tortura psicológica, obrigando-as a gravar vídeos de automutilação e a praticar atos sexuais em transmissões ao vivo que reuniam milhares de espectadores. Como isso pôde acontecer? Infelizmente, é o tipo de violência que o ambiente digital facilita quando não há controle e denúncia.
Material apreendido e próximos passos
No local da apreensão foram recolhidos celulares e outras mídias digitais, que ficaram sob custódia para perícia técnica. Uma avaliação preliminar do aparelho pessoal do adolescente já demonstrou indícios compatíveis com as práticas investigadas, incluindo diálogos considerados inapropriados com as vítimas.
O jovem foi apresentado ao Poder Judiciário, que determinou sua internação com restrição de liberdade em uma Comunidade de Atendimento Socioeducativo (CASE) vinculada à Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac). Os dispositivos apreendidos seguirão para análise pericial e as investigações continuam para aprofundar a identificação das vítimas e responsabilizar todos os envolvidos.
O caso reforça a importância de denunciar situações de exploração e abuso, para que as vítimas recebam proteção e para que a investigação chegue a todos os responsáveis.