Beneficiários do Bolsa Família com Número de Identificação Social (NIS) terminado em 5 recebem nesta terça-feira, 23 de setembro de 2025, a parcela referente a setembro. Para outubro, o governo mantém o cronograma escalonado entre os dias 20 e 31, organizado de acordo com o dígito final do NIS e distribuído ao longo dos últimos dias úteis do mês.
Como funciona o cronograma de pagamentos
O Bolsa Família opera com um sistema de repasses por etapas, sempre considerando o último número do NIS impresso no cartão do beneficiário ou no aplicativo. A lógica é simples: dividir o público em dez grupos (finais de 0 a 9) e liberar os valores em dias diferentes. Esse escalonamento evita sobrecarga nas agências bancárias, reduz filas em lotéricas e dá mais previsibilidade às famílias sobre quando o dinheiro estará disponível. A regra geral vale para todos os meses, com uma exceção tradicional em dezembro, quando o cronograma é adiantado para que as famílias tenham acesso aos recursos antes do Natal.
Calendário de outubro de 2025 (por final de NIS)
- Final 1: segunda-feira, 20 de outubro
- Final 2: terça-feira, 21 de outubro
- Final 3: quarta-feira, 22 de outubro
- Final 4: quinta-feira, 23 de outubro
- Final 5: sexta-feira, 24 de outubro
- Final 6: segunda-feira, 27 de outubro
- Final 7: terça-feira, 28 de outubro
- Final 8: quarta-feira, 29 de outubro
- Final 9: quinta-feira, 30 de outubro
- Final 0: sexta-feira, 31 de outubro
Próximos meses já programados
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou que, em novembro, os pagamentos ocorrerão entre os dias 14 e 28. Em dezembro, haverá um calendário especial antecipado: os repasses serão feitos de 10 a 23 de dezembro, encerrando antes das festas de fim de ano.
Valores e benefícios disponíveis
O programa mantém o valor base de R$ 600 por família, montante garantido pelo Benefício Complementar quando a soma dos componentes não atinge esse piso. A Renda de Cidadania adiciona R$ 142 por pessoa da família, o que torna o valor final sensível ao tamanho do núcleo familiar. Para famílias com crianças pequenas, o Benefício Primeira Infância acrescenta R$ 150 por criança de até 6 anos. Há ainda o Benefício Variável Familiar, que paga R$ 50 para gestantes e para crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, e o Benefício Variável Nutriz, com mais R$ 50 para mães de bebês de até 7 meses. Esses adicionais podem ser combinados, respeitando as regras do programa.
Atendimento atual do programa
Em setembro, o Bolsa Família atendeu aproximadamente 19,07 milhões de famílias, alcançando mais de 50 milhões de pessoas. O número é inferior ao pico registrado em 2023, quando mais de 21 milhões de famílias receberam o benefício. Entre os motivos para a redução estão a melhora gradual do mercado de trabalho e a aplicação da Regra de Proteção, que garante uma transição mais suave quando alguém da família consegue emprego formal. Nessa regra, atualmente mais de 2,6 milhões de famílias recebem 50% do valor a que teriam direito, por até 12 meses.
Condicionalidades para manter o benefício
O recebimento contínuo está condicionado a compromissos nas áreas de saúde e educação. Na saúde, é necessário manter o calendário de vacinação das crianças menores de 7 anos atualizado e participar do acompanhamento de peso e altura. Gestantes devem realizar o pré-natal conforme orientação da unidade de saúde. Na educação, crianças e adolescentes de 4 a 17 anos precisam estar matriculados e frequentar a escola. A frequência mínima é de 60% para crianças de 4 a 6 anos incompletos e de 75% para estudantes de 6 a 18 anos que ainda não concluíram a educação básica. O descumprimento pode levar a advertências e, em casos persistentes, à suspensão temporária do benefício.
Como consultar e sacar
As famílias podem consultar valores e datas pelo aplicativo Bolsa Família ou pelo Atendimento Caixa ao Cidadão (telefone 111). Para movimentar o dinheiro, há várias opções: aplicativo Caixa Tem, caixas eletrônicos da Caixa, casas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui e agências da Caixa Econômica Federal. O prazo para saque ou movimentação é de até 120 dias após a liberação.
Dica prática
Para evitar imprevistos, mantenha os dados do Cadastro Único atualizados e, em caso de dúvida, procure o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do seu município. Isso ajuda a prevenir bloqueios e garante que a família receba corretamente os benefícios adicionais a que tem direito.