Na noite de terça‑feira (23), uma rocha espacial identificada como 2022 SW12 passou relativamente perto da Terra: ficou a cerca de 5,74 milhões de km por volta das 22h38 (horário de Brasília), segundo os registros.
Tamanho e velocidade
Os especialistas estimaram o diâmetro em torno de 201 metros, embora cálculos variados apontem entre 155 e 310 metros. O objeto seguia a mais de 63 mil km/h enquanto cruzava a vizinhança do nosso planeta.
Por que foi classificado como perigoso?
O 2022 SW12 está no grupo Apollo — asteroides cujas órbitas cruzam a da Terra — e recebeu a etiqueta de “potencialmente perigoso” porque sua largura supera 140 metros, que é um dos critérios usados para essa classificação. Por isso, astrônomos acompanharam a trajetória para confirmar que não havia risco imediato de colisão.
Se um impacto acontecesse
Para ter uma noção do que isso significa: um asteroide desse porte liberaria uma energia na ordem de centenas de megatons de TNT — isto é, milhares ou até dezenas de milhares de vezes a potência da bomba de Hiroshima. Os efeitos possíveis incluem:
- formação de grande cratera;
- lançamento de muita poeira e destroços;
- incêndios e destruição em áreas extensas.
Como comparação, o evento de Chelyabinsk (Rússia), em 2013, envolveu um corpo com menos de 20 metros e mesmo assim feriu mais de 1.500 pessoas — o que mostra como o tamanho faz grande diferença.
Monitoramento e segurança
A NASA já traçou as trajetórias conhecidas dos asteroides potencialmente perigosos e informa que nenhum deles representa risco de colisão com a Terra nos próximos 100 anos. Ainda assim, passagens próximas como a do 2022 SW12 enfatizam a necessidade do monitoramento contínuo, porque pequenas mudanças de rota podem alterar cenários futuros.
O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) mantém um painel online com os cinco próximos asteroides que se aproximarão da Terra e ferramentas para acompanhamento em tempo real. A visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.
Então, devo me preocupar? Por ora, não há motivo para alarme: não há risco conhecido nos próximos 100 anos. Ainda assim, é reconfortante saber que cientistas e agências em todo o mundo seguem de perto esses visitantes do espaço — e que recursos públicos mantêm essa vigilância constante.