Em agosto, investigações do Ministério Público de São Paulo e da Receita Federal apontaram um esquema que envolvia adulteração de combustíveis, fraudes em bombas e lavagem de dinheiro vinculada ao PCC. A descoberta deixou muita gente em alerta na hora de abastecer — e com razão.
Como saber se o posto onde você costuma parar é confiável? O assunto pode parecer técnico, mas existem sinais simples que ajudam a reduzir o risco de prejuízo ou danos ao carro.
Golpes mais comuns
- 1. Bomba que injeta ar: a bomba mostra um volume no visor, mas parte do que foi “entregue” ao motorista é ar comprimido. Resultado: você paga por combustível que não entrou no tanque. Dica prática: confira se o visor está zerado antes de começar e acompanhe o abastecimento.
- 2. Bomba “burra” ou chipada: aparelhos programados por controle remoto ou app exibem volume maior do que o efetivamente despejado. Peça para abastecer por litros, não por valor, e conheça a capacidade do seu tanque para detectar discrepâncias.
- 3. Postos clones: estabelecimentos sem autorização que imitam cores e logotipos de marcas conhecidas e vendem combustível a preços muito baixos e qualidade duvidosa. Ao notar um posto “sem bandeira” que copia uma marca famosa, vale denunciar ao órgão competente.
- 4. Troca de óleo desnecessária: frentistas de má-fé podem sugerir trocas de óleo ou filtros não necessárias para faturar a mais. Mantenha o manual do veículo em dia e saiba os intervalos reais de manutenção.
- 5. Interrupção do abastecimento antes do tanque cheio: há casos em que a bomba é desligada propositalmente e o consumidor é cobrado pelo valor total mostrado. Acompanhe o nível no painel e peça que a bomba abasteça até desligar sozinha.
- 6. Golpe do reajuste: o total cobrado na maquininha ou na nota aparece maior do que o indicado no visor da bomba. Sempre confira o preço por litro e se o valor final corresponde ao que foi exibido no mostrador.
Como se proteger
Algumas medidas simples já fazem diferença: verifique selos e lacres de fiscalização, confira o visor da bomba antes e depois do abastecimento e exija nota fiscal com os valores exibidos. Sair do carro para acompanhar o abastecimento pode parecer inconveniente, mas evita surpresas.
As investigações divulgadas em agosto reforçam que a fiscalização e denúncias formais são essenciais para coibir esses crimes. Se desconfiar de algo, registre a ocorrência — denúncias ajudam a proteger todos os motoristas.