A Polícia Civil de Mogi das Cruzes (SP) investiga três mortes registradas em motéis do distrito de Jundiapeba, todas com uma característica em comum: as vítimas foram encontradas dentro de banheiras e sem sinais aparentes de agressão. Os casos ocorreram entre 13 e 20 de setembro e seguem sob análise pericial para determinar as causas.
O que se sabe
- Três ocorrências em endereços distintos de Jundiapeba.
- Vítimas achadas em banheiras, sem marcas externas de violência.
- Laudos necroscópico e toxicológico vão definir as causas.
- Polícia analisa imagens e busca testemunhas; detalhes seguem sob sigilo.
Primeiro caso: casal encontrado na banheira (13.set)
Na noite de 13 de setembro, o policial militar Eduardo Silvestre, 47, e a companheira Luana Ferreira Barbosa, 33, entraram em um motel às 19h12 com saída prevista para 23h12. Como não atenderam às ligações, uma funcionária abriu o quarto com chave reserva e encontrou o casal sem vida na banheira, cuja água tinha coloração avermelhada, semelhante à de sangue.
Sobre uma mesa próxima havia uma pequena porção de pó branco, recolhida e enviada para análise. Sem sinais visíveis de lesões, o registro inicial foi de morte súbita. A Polícia Civil aguarda os laudos necroscópico e toxicológico para indicar a causa dos óbitos.
Segundo caso: homem morto; acompanhantes fugiram (20.set)
Na manhã de 20 de setembro, em outro motel de Jundiapeba, Roberto Alves dos Santos Júnior, 44, chegou acompanhado de duas pessoas que deixaram o local cerca de uma hora depois, sem pagar. Sem resposta às ligações, o proprietário entrou na suíte e encontrou Roberto morto na banheira, desta vez sem água.
Imagens de câmeras de segurança registraram o casal que o acompanhava saindo do estabelecimento e fugindo quando outro veículo deixava o local. A Polícia Militar foi acionada e, no primeiro relatório, apontou parada cardiorrespiratória como hipótese — a ser confirmada ou descartada pelos exames do Instituto Médico Legal (IML).
Terceira ocorrência e linha de investigação
Com o terceiro caso em menos de uma semana, a Polícia Civil considera o padrão incomum e mantém sigilo sobre eventuais conexões entre as mortes. A Delegacia de Mogi das Cruzes reforçou equipes para coleta de vestígios, identificação de testemunhas e análise de imagens internas e externas dos motéis. A apuração também verificará histórico das vítimas, consumo de substâncias e movimentação de pessoas que estiveram nos locais.
O que falta esclarecer
- Resultados dos laudos necroscópico e toxicológico dos três casos.
- Eventual relação entre as ocorrências.
- Identificação e oitiva das pessoas que acompanharam as vítimas no segundo caso.
A Polícia Civil não informou, até o momento, novas linhas de investigação nem prazos para a conclusão dos laudos.