O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) afirmou na quinta-feira (18/9) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta um estado de saúde crítico. Após visitá-lo em sua residência, em Brasília, Sanderson declarou que o “risco de morte dele é iminente”. Segundo o parlamentar, Bolsonaro parecia debilitado, demonstrou fragilidade física e chegou a vomitar duas vezes durante a visita.
O ex-presidente, de 70 anos, cumpre prisão domiciliar e passou por uma nova internação nesta semana. Na terça-feira (16/9), ele foi levado ao Hospital DF Star, após apresentar queda de pressão, vômitos persistentes e soluços. Recebeu alta no dia seguinte, após tratamento com hidratação e medicamentos.
Diagnóstico de câncer de pele
Durante o período no hospital, Bolsonaro foi submetido a procedimentos cirúrgicos para retirar oito lesões cutâneas. Segundo boletim médico, duas delas apresentaram presença de carcinoma de células escamosas, um tipo de câncer de pele de agressividade intermediária.
De acordo com o cirurgião Cláudio Birolini, responsável pelos cuidados, as lesões foram identificadas em estágio precoce e já removidas, não sendo necessário tratamento complementar imediato. Ele alertou, no entanto, que Bolsonaro deverá passar por acompanhamento clínico periódico para monitorar o surgimento de novas manifestações da doença.
Preocupações médicas
Especialistas ouvidos pela imprensa explicaram que o carcinoma de células escamosas pode ser controlado quando retirado precocemente, mas pacientes diagnosticados têm risco elevado de desenvolver novas lesões ao longo dos anos.
Sanderson destacou que a notícia sobre a presença do câncer causou forte impacto emocional em Bolsonaro, que se mostra apreensivo diante da possibilidade de que exames futuros confirmem doença em estágio mais avançado.
Contexto atual
Bolsonaro segue em prisão domiciliar na capital federal. O procedimento cirúrgico e sua permanência no hospital tiveram de ser comunicados ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que qualquer deslocamento depende de autorização judicial.
O ex-presidente permanece em recuperação, sob acompanhamento dos médicos responsáveis.