Em 11 de setembro, durante a mobilização do Setembro Amarelo, o vereador Everaldo Lopes, o Beca (Republicanos) protocolou o projeto 387/2025, que propõe criar Centros de Atenção Psicossocial móveis em Salvador (BA).
O que propõe
A ideia é ampliar o acesso ao atendimento em saúde mental em áreas mais vulneráveis da cidade, levando serviços até onde muitas vezes faltam opções. Segundo a justificativa apresentada pelo parlamentar, as unidades móveis deveriam fortalecer a rede de atenção psicossocial e ajudar a reduzir internações desnecessárias.
Conforme o texto submetido à Câmara Municipal, as unidades móveis devem atuar de forma articulada com os serviços já existentes, como os CAPS fixos, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e outros pontos da rede.
Estrutura mínima prevista
- Espaço adequado para atendimentos individuais e em grupo;
- Equipamentos básicos destinados à triagem, ao acolhimento e à administração de medicamentos;
- Equipe multiprofissional composta por psicólogo, psiquiatra, assistente social, enfermeiro e técnico de enfermagem;
- Sistema de registro digital integrado à rede municipal de saúde.
Tramitação
O projeto foi protocolado em 11 de setembro, um dia depois da data oficial de prevenção ao suicídio, e, na ocasião, começou a ser encaminhado às comissões da Câmara Municipal para análise técnica e jurídica. Após essa etapa inicial, seguirá para as comissões competentes para avaliação dos aspectos operacionais e orçamentários antes de uma eventual votação em plenário.
Será que propostas como essa conseguem aproximar o cuidado de quem mais precisa e evitar internações desnecessárias? A resposta dependerá da análise técnica, do orçamento e da forma como a proposta for implementada.

