O caso das três mulheres encontradas mortas na praia de Ilhéus, em 16 de agosto, segue sem todas as respostas — e a investigação ganhou mais tempo. A Polícia Civil da Bahia solicitou ao Judiciário a prorrogação do prazo do inquérito; o pedido foi divulgado na terça-feira (16).
Por que o prazo precisa ser estendido? Porque ainda é necessário reunir novos elementos, cumprir diligências e obter laudos complementares que possam esclarecer pontos-chave. Como avançar quando as provas não são claras e exigem análise minuciosa?
As apurações contaram com o apoio dos Departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Inteligência Policial (DIP). Estratégias integradas foram definidas em reunião com o delegado-geral André Viana e gestores das unidades, realizada na segunda-feira (15), em Salvador.
Também foram realizadas análises pelo Laboratório de Inteligência Cibernética (Ciberlab) para avaliar o material digital relacionado ao caso.
A corporação informou que o material coletado para exame científico, até o momento, não apresentou elementos decisivos para o desfecho de todos os procedimentos periciais; ainda assim, além da confissão do investigado, outros indícios estão sendo avaliados em paralelo aos laudos em andamento. Alguns desdobramentos foram mantidos em sigilo para não comprometer as investigações.
O principal suspeito é Thierry Lima da Silva, em situação de rua: ele foi preso em flagrante e chegou a confessar o crime. Exames periciais seguem para esclarecer se houve participação de outras pessoas. Thierry permanece custodiado no Conjunto Penal de Itabuna. Ele também é investigado pelo assassinato do ex-companheiro Lucas dos Santos Nascimento.
As vítimas foram identificadas como:
- Alexsandra Oliveira Suzart, 45 anos;
- Maria Helena do Nascimento Bastos, 41 anos;
- Mariana Bastos da Silva, 20 anos.
O pedido de prorrogação do inquérito foi formalmente encaminhado ao Judiciário e as diligências e exames periciais continuam em curso. A população pode colaborar pelo Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, pelo telefone 181, com garantia de sigilo e sem necessidade de identificação.
As investigações seguem em andamento, com a prioridade de reunir todas as provas necessárias sem prejudicar apurações em curso.