O deputado federal e presidente estadual do PDT, Félix Mendonça Jr., afirmou em entrevista ao Projeto Prisma na segunda-feira (15) que não aceita a entrada em bloco de deputados do PP na Bahia. Para ele, a chegada coletiva pode atrapalhar a organização interna do partido.
Por que ele rejeita o bloco?
Segundo Félix, o problema é prático: se vier um grupo inteiro, como fica o restante? Tem que montar chapa, ouvir lideranças regionais e avaliar quem realmente se encaixa no projeto. Ele deixou claro que a filiação não será imposta pelo diretório estadual ou federal.
Félix explicou que as decisões serão tomadas em diálogo com nomes locais. “Não é o Félix, não é [Carlos] Lupi, não é o presidente estadual ou municipal que vai chegar e dizer não. Nós vamos ouvir agora Silva Neto, vamos ouvir Augustão lá de Ilhéus para saber quem pode e quem não pode entrar”, afirmou.
Contexto
O comentário veio depois da formação da federação União Progressista, quando deputados estaduais do PP que apoiam o governador Jerônimo Rodrigues começaram a articular migrações para uma legenda alinhada ao governo. O grupo que vinha planejando a mudança incluía:
- Niltinho
- Hassan
- Antônio Henrique Jr.
- Eduardo Salles
Projeções eleitorais
Sobre as metas eleitorais, Félix disse que o PDT mira eleger três deputados federais e três estaduais. Mas deixou claro que prefere qualidade a quantidade: é melhor eleger alguém ligado às pautas do partido — especialmente educação — do que simplesmente ocupar vagas.
“A gente quer três deputados federais e três deputados estaduais. Se a gente não puder eleger, vamos eleger o que a gente conseguir. É melhor eleger um com vinculação com a educação do que a gente se eleger por eleger”, declarou Félix Mendonça Jr.
Por fim, ele afirmou que as conversas sobre filiações e a montagem de chapas serão conduzidas nos próximos dias com lideranças locais, sem data definida para uma decisão pública sobre eventuais incorporações ao PDT.