Uma reunião marcada na Câmara Municipal de Salvador (BA) entre vereadores e representantes da APLB-Sindicato foi adiada na segunda-feira, 15 de setembro, depois que o secretário municipal de Educação, Tiago Dantas, não compareceu.
O encontro tinha como objetivo esclarecer o Projeto de Lei Complementar protocolado em 20 de agosto, que traz propostas de alteração no Plano de Carreira do Magistério Municipal, no Fundo Municipal de Educação e no Programa Dinheiro Direto na Escola. Sem a presença do secretário, muitas questões permaneceram em aberto.
O que estava em pauta
- Mudanças no Plano de Carreira do Magistério Municipal
- Regras do Fundo Municipal de Educação
- Detalhes do Programa Dinheiro Direto na Escola
O presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), criticou a ausência e afirmou que o episódio gera desgaste para o governo. Em suas palavras:
“Isso é um desgaste. Desgaste maior para o governo, sabe por quê? Porque se o secretário não poderia vir e sabia que a maioria da base do governo queria que ele estivesse presente, ele poderia adiar. Então, para mim, na realidade, não é desgaste de Vossa Excelência… muitas vezes, enxugar gelo é difícil.”
Muniz também lembrou que, em negociações anteriores e em momentos de crise com os profissionais da educação, Tiago Dantas não vinha participando, e criticou a falta de justificativa pela ausência. A solicitação para que o secretário estivesse presente havia sido feita pelo vereador da base governista Ricardo Almeida (DC).
Na sessão, quem representou o Executivo foi o secretário de Gestão, Alexandre Tinoco. Ricardo Almeida explicou que o pedido de presença de Dantas se deveu a problemas ocorridos em 22 de maio, quando, segundo ele, houve uma incompreensão por parte da APLB que acabou atribuindo ao secretário a responsabilidade por um projeto em desacordo com a entidade.
“…por isso solicitamos que o secretário estivesse para que essas dúvidas não permanecessem e não tivéssemos a repetição do que ocorreu no dia 22 de maio”, disse Ricardo Almeida.
Houve impasse entre os líderes partidários, com a votação considerada empatada entre os que defendiam a realização da sessão e os que propunham o adiamento. Ao final, os vereadores fecharam um acordo e reagendaram a reunião para a próxima segunda-feira, 22 de setembro.
Até lá, as discussões sobre o PLC ficam suspensas, na expectativa de que, na nova data, as dúvidas sejam esclarecidas e o diálogo avance.