As quatro estações não aparecem do mesmo jeito em todo lugar. Em cidades como Nova York ou Paris, as mudanças no clima e na paisagem são bem marcantes; no Brasil, muitas regiões mal percebem essa alternância.
Por que isso acontece?
Explicar é simples: tudo tem a ver com a inclinação do eixo da Terra. Ao longo do ano, essa inclinação muda a quantidade de luz solar que cada região recebe. O ponto mais técnico é o solstício, quando o Sol fica na maior distância angular em relação à Linha do Equador. Onde essa variação de luz é grande, as estações ficam mais nítidas.
Mas e por que nem todas as áreas sentem isso da mesma forma? Pense no Equador: lá, o dia e a noite têm quase a mesma duração o ano inteiro. O resultado é pouco contraste de temperatura e uma divisão clássica em primavera, verão, outono e inverno que praticamente desaparece.
Outros fatores que entram em cena
Além da latitude, o “cenário” geográfico também importa. Entre os principais influenciadores estão:
- Oceanos e grandes rios: funcionam como moderadores térmicos, reduzindo as diferenças entre meses mais quentes e mais frios em áreas costeiras.
- Altitude e relevo: regiões montanhosas tendem a ser mais frias; áreas perto de desertos podem ter grande variação diária sem, entretanto, seguir um padrão sazonal marcado.
Em zonas de clima temperado — partes da Europa e o norte dos Estados Unidos — a radiação solar varia muito ao longo do ano. Isso gera mudanças claras na temperatura e na paisagem: folhas caindo, neve, campos floridos. Já em grande parte do Brasil, a posição em relação ao Equador e outros fatores fazem com que as estações sejam menos evidentes; o que se nota com mais frequência é a alternância entre períodos de chuva e de seca.
Em suma: a inclinação do eixo terrestre, combinada com características geográficas como relevo e presença de oceanos, explica por que o Brasil tem estações pouco percebidas, ao contrário de lugares como a Europa e Nova York.