O governo Trump anunciou na sexta-feira (12) um programa-piloto nos Estados Unidos para permitir testes pré-certificação de táxis aéreos elétricos — aeronaves que decolam e pousam como helicópteros e voam como aviões. A proposta é acelerar a adoção dessa tecnologia.
O que o programa prevê?
Resultado de uma ordem executiva assinada em junho, o programa autorizou a seleção de até cinco projetos-piloto para realizar ensaios em parceria com governos estaduais, locais ou tribais, com foco na segurança. Foi dado prazo até meados de dezembro para a apresentação de propostas e cada projeto teria duração de três anos.
Hoje, qualquer aeronave precisa de certificação da FAA para operar comercialmente, um processo que pode levar anos. A iniciativa buscou permitir testes antes da aprovação completa, funcionando como um atalho para reduzir esse gargalo.
Quem entrou na disputa?
Empresas como Joby Aviation, Archer Aviation e BETA Technologies figuraram entre as candidatas. A Joby — apoiada por Toyota, Uber e Delta — disse estar pronta para demonstrar suas aeronaves em comunidades americanas. A Archer planejou produção na Geórgia e a BETA montou operações em Vermont.
Mas por que isso importa? Os táxis aéreos elétricos foram desenvolvidos para serviços de transporte urbano, trajetos intermunicipais e entregas em áreas rurais. Algumas empresas também trabalham em versões híbridas para ampliar o alcance. Nos meses anteriores, Joby e BETA já haviam realizado centenas de voos de teste nos Estados Unidos e na Europa.
O secretário de Transportes, Sean P. Duffy, afirmou que a iniciativa fortaleceria a liderança dos Estados Unidos em inovação no transporte e geraria empregos de alta qualidade.
Líderes do setor viram o programa-piloto como um marco que abriu caminho para operações comerciais em larga escala, no país e no exterior, com projetos que se estenderiam por três anos. Em outras palavras: um primeiro passo para tirar esses “táxis do céu” das pistas de teste e levá-los a rotas reais.