Robert Mendes, ídolo do Atlético de Alagoinhas, vive uma rotina de recuperação desde que fraturou a perna em setembro de 2023. Aos 40 anos, ele depende de atendimento médico e do apoio da família para tentar voltar a andar com menos dor.
O que aconteceu
Robert conta que a fratura aconteceu em 2023 e que passou por cirurgia em janeiro de 2024, quando foi colocada uma placa e oito parafusos. Nos meses seguintes, dois parafusos se romperam. Após 11 meses, precisou de nova intervenção porque o tornozelo calcificou fora do lugar.
“Quebrei minha perna em 2023. Fiz cirurgia em janeiro de 2024, coloquei uma placa e oito parafusos. Mais dois quebraram em apenas cinco meses de tratamento. Depois de 11 meses, tive que refazer a cirurgia porque meu tornozelo calcificou fora do lugar”, disse Robert ao Bahia Notícias.
Tratamento e opções
Nos últimos 30 dias, o médico Ivo Kitaoka passou a acompanhar o caso e apresentou três caminhos para o tornozelo:
- cirurgia de fixação, que preserva o encaixe dos ossos, mas reduz a mobilidade;
- colocar uma prótese;
- tratamento menos invasivo com aplicações de ácido hialurônico, ozônio e terapia com células-tronco.
O especialista recomendou a terceira opção por causa da idade de Robert, e começou as intervenções mesmo sem garantia de pagamento.
“Gostaria primeiramente de agradecer a Deus. Ele coloca pessoas generosas e capacitadas na nossa vida. O Dr. Ivo Kitaoka é uma dessas pessoas. Mesmo sem eu poder custear o tratamento no momento, ele começou a cuidar de mim. Fiz até uma rifa para tentar pagar uma parte, mas ele nunca me falou o preço. Só tenho gratidão por sua empatia e apoio”, afirmou o ex-atacante.
Rede de apoio e dificuldades financeiras
Sem vínculo empregatício e sem renda desde o acidente, Robert tem contado com a família: a mãe Arlene, o pai Célio, a irmã Jéssica e a esposa Adriana. Fisioterapeutas e a clínica CIS também têm oferecido atendimento essencial.
Ele relatou ainda problemas com benefícios: pedidos de perícia no INSS foram negados e, segundo Robert, ele permanece sem recebimentos há um ano e nove meses. A negativa foi atribuída à condição de “desassegurado”, porque o último clube em 2023 não registrou a carteira de trabalho.
Carreira e apelo por ajuda
Na carreira, Robert é lembrado por números e títulos: é artilheiro histórico do Atlético com 59 gols em 100 partidas e acumula 241 jogos e 83 gols ao longo da trajetória, passando por clubes como Bahia de Feira, Juazeirense, Itabuna, Jacuipense, Vitória e Vitória da Conquista. Entre as conquistas estão o Campeonato Baiano (com o Atlético), a Copa Governador pelo Fluminense de Feira e a Série B do Baianão com o Itabuna.
Mesmo com o passado vitorioso, ele precisou organizar uma rifa para ajudar a custear parte das aplicações médicas. Robert reclama da falta de contato do clube e diz ter sido negligenciado por vereadores, prefeitos e outras autoridades locais. Vários ex-companheiros e dirigentes que o saudavam no passado deixaram de responder aos pedidos de ajuda.
Quem acompanhou a carreira de Robert sabe o quanto ele deu ao futebol local — e por isso o apelo público: ele pede ajuda a dirigentes, atletas e qualquer pessoa que possa contribuir para que o tratamento com injeções e terapias minimamente invasivas possa continuar.
O tratamento indicado pelo médico segue em andamento. Robert espera recuperar a mobilidade e viver com menos dor, contando com o apoio dos que estiverem ao seu alcance.