Torcedores do Corinthians ficaram desapontados na última sexta-feira (6) ao saber que a cantora norte-americana Taylor Swift não esteve presente na Neo Química Arena durante a partida de NFL realizada em São Paulo.
Ausência e expectativa
Nos dias que antecederam o jogo, a possível vinda de Taylor foi amplamente divulgada por veículos como o Jornal Nacional e a plataforma GE. Até o perfil oficial do Corinthians no X (antigo Twitter) aumentou a expectativa ao publicar uma imagem com uma camisa personalizada: “T. Swift” e o número 13, junto com uma mensagem de apoio. “Tudo pronto para o nosso amuleto! You belong with Timão, Taylor!” foi a publicação que viralizou entre os torcedores.
Quando a partida entre Kansas City Chiefs e Los Angeles Chargers começou, o portal TMZ informou que Taylor não estava no Brasil e não compareceria ao evento. Em campo, o time do noivo da cantora, o tight end Travis Kelce, saiu derrotado pelos Chargers por uma diferença de seis pontos.
As coincidências que viraram tradição
A chamada “União Tayrinthians” nasceu em 2020, quando perfis nas redes sociais passaram a relacionar lançamentos de Taylor Swift com resultados do Corinthians. Desde então, torcedores têm apontado coincidências entre datas de álbuns e partidas do clube. Entre os exemplos mais citados estão:
- Taylor Swift (24/10/2006): vitórias próximas a jogos contra Cruzeiro e Palmeiras;
- Fearless (11/11/2008): vitórias na reta em que o clube disputava a Série B;
- Speak Now (25/10/2010), Red (22/10/2012), 1989 (27/10/2014), Reputation (10/11/2017), Lover (23/08/2019), Folklore (24/07/2020) e Evermore (11/12/2020): períodos associados a vitórias ou empates do clube;
- Reedições a partir de 2021, como Fearless (Taylor’s Version), também atraíram atenção dos torcedores em busca de padrões;
- O lançamento de The Tortured Poets Department (19/04/2024), com estética em preto e branco, foi seguido por resultados negativos: derrota três dias antes para o Juventude e outra derrota um dia depois para o Bragantino.
Para parte da torcida, a presença de Taylor tinha um objetivo claro: trazer sorte ao Corinthians na busca pela Copa do Brasil, então a última taça importante em disputa. Naquele momento, o clube ocupava a 12.ª posição no Campeonato Brasileiro e se preparava para o jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil contra o Athlético Paranaense.
Se superasse o Athlético, o Corinthians poderia enfrentar Atlético Mineiro ou Cruzeiro nas fases seguintes. Do outro lado da chave estavam ainda Vasco da Gama, Botafogo, Fluminense e o Bahia (jogando na Bahia), que havia vencido o Fluminense no jogo de ida.
Também circulou a informação de que Taylor teria um lançamento marcado para 3 de outubro — o álbum The Life Of a Showgirl — data que coincidia com a proximidade do duelo do Corinthians contra o Mirassol pelo Brasileiro. Ficou sem resposta se isso teria algum efeito nas partidas; a definição sobre a campanha do clube na Copa do Brasil continuou condicionada ao resultado do jogo de volta contra o Athlético Paranaense.
No fim das contas, será que a ausência de uma celebridade em um estádio muda mesmo o rumo de uma temporada? Só o campo e o tempo dirão se as coincidências continuarão a ser lembradas — e se haverá um novo motivo para acreditar na tal “União Tayrinthians”.