Escolher um HD nem sempre é fácil, mas entender o que cada tipo faz ajuda bastante na hora da compra.
O que é um HD?
O HD, também chamado de HDD, é o componente do computador responsável por guardar seus arquivos — fotos, vídeos, documentos — e por armazenar o sistema operacional. Pense nele como um armário onde você guarda tudo: ele lê, grava e permite acessar os dados quando necessário. Além disso, o HD costuma hospedar arquivos temporários e caches que agilizam o dia a dia do sistema.
O primeiro disco rígido foi criado pela IBM em 1956. Desde então, os modelos foram ficando maiores, mais rápidos e com mudanças na conexão com a placa‑mãe, por isso vale a pena conhecer as interfaces antes de comprar.
Principais interfaces
Existem diferentes padrões de conexão. Cada um influencia velocidade, compatibilidade e onde o disco é mais usado.
ATA (Advanced Technology Attachment) surgiu na década de 1980 e foi integrado ao driver IDE. Ainda é possível encontrar equipamentos com portas IDE, mas o padrão já ficou menos comum. Em sua evolução, o ATA alcançou versões com cerca de 500 GB e taxas próximas a 133 MB/s.
O padrão que mais se espalhou foi o SATA (Serial ATA), que substituiu os conectores IDE e permitiu instalar mais discos nas placas‑mãe. Entre os recursos do SATA estão suporte a Hot Plug, gerenciamento de energia e modos de partida escalonada. Há três configurações principais:
- SATA I – taxa máxima de 150 MB/s e frequência de 1,5 GHz;
- SATA II – taxa de até 300 MB/s e frequência de 3 GHz, embora alguns modelos limitassem a velocidade a 150 MB/s por jumper;
- SATA III – lançado em 2009, com taxa de até 600 MB/s e frequência de 6 GHz, compatível com conectores menores.
Para servidores: SCSI e SAS
Algumas interfaces são voltadas a ambientes mais exigentes. O SCSI (Small Computer System Interface) nasceu nos anos 1980 destinado a mainframes e grandes bancos de dados e, no começo, oferecia taxas superiores às concorrentes. Com o tempo, acabou perdendo espaço fora de aplicações específicas.
O sucessor moderno é o SAS (Serial Attached SCSI), pensado para data centers e servidores que precisam de alto desempenho e confiabilidade. Entre suas características estão baixa latência, suporte a configurações com vários processadores, discos que chegam a 15.000 RPM, velocidades de até 6 GB/s e a possibilidade de troca a quente (hot‑swap) sem desligar o servidor.
HD versus SSD
E o SSD? Ele funciona de forma diferente: em vez de partes mecânicas, usa chips de memória. Isso traz vantagens claras — é mais rápido, mais silencioso, resiste melhor a temperaturas altas e tende a ser menos vulnerável a falhas por gravação.
Mas nem tudo é velocidade. O HD ainda ganha quando o assunto é custo por gigabyte: se você precisa de muita capacidade para armazenar arquivos grandes, ele continua sendo a opção mais econômica.
Posso usar os dois juntos?
Sim. Uma combinação comum é usar um SSD para o sistema e aplicativos, garantindo rapidez e menor consumo de energia, e um HD para armazenar grandes volumes de dados. Assim você aproveita o melhor dos dois mundos: velocidade e espaço.