Na noite entre domingo (7) e segunda (8) a Lua ofereceu um espetáculo: o eclipse lunar total, conhecido como Lua de Sangue, foi visto de grande parte do mundo, da Oceania ao Brasil, e durou 3 horas, 29 minutos e 24 segundos quando somadas as fases parcial e total.
Onde foi possível ver
Observadores na maior parte da Ásia, na faixa oriental da África e no oeste da Austrália acompanharam o evento do começo ao fim, incluindo a fase penumbral. Em outras áreas do continente africano, na maior parte da Europa, em partes da Austrália e na costa leste do Brasil, foi possível ver trechos da parcialidade ou da totalidade, dependendo do tempo.
Cerca de 60% da população mundial pôde acompanhar o fenômeno por inteiro. Até 87% das pessoas tiveram a chance de ver alguma parte do eclipse — claro, desde que o céu estivesse limpo.
O que aconteceu
O eclipse ocorreu porque a Terra ficou entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite. É um alinhamento simples, mas impressionante.
- Total: a Lua inteira entra na sombra da Terra.
- Parcial: só parte do disco lunar é encoberta.
- Penumbral: a Lua atravessa a meia-sombra e escurece de forma sutil.
Esse tipo de evento só acontece na fase de cheia, quando Sol, Terra e Lua se alinham em um dos pontos chamados nodos — situação também conhecida como sizígia.
Por que a cor avermelhada?
A coloração que dá o apelido Lua de Sangue vem da atmosfera terrestre: a luz solar é filtrada e refratada, e os comprimentos de onda mais vermelhos acabam iluminando a superfície lunar durante a totalidade. É como se o nosso planeta emprestasse uma paleta de cores à Lua.
Consultas e próximos eventos
Para conferir horários locais durante o fenômeno, foi possível consultar previsões por cidade no site TimeandDate.com, que ofereceu detalhes para diferentes localidades. Este foi o segundo eclipse lunar de 2025 — o primeiro ocorreu em março e foi observado principalmente nas Américas.
O calendário astronômico de 2025 ainda aponta outro evento: um eclipse solar parcial em 21 de setembro de 2025, que não teve visibilidade no Brasil e pôde ser acompanhado apenas no sul da Austrália, em trechos dos oceanos Pacífico e Atlântico e na Antártida.
Um fenômeno fácil de entender, difícil de ignorar — e que sempre rende boas fotos e lembranças para quem teve a sorte de olhar para cima.