O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por meio da Promotoria de Justiça de Poções, apresentou denúncia contra Jerônimo João da Silva, Patrícia Maria da Silva e Kleber Wilson Izola pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico, em investigação vinculada à Operação "Carga Oculta".
Como ocorreu a apreensão
A operação foi deflagrada após a apreensão de cerca de 5 toneladas de drogas, encontrada em 23 de junho na BR-116, em Poções (BA), durante uma fiscalização de rotina da Polícia Rodoviária Federal. Foi essa apreensão que motivou as investigações da Polícia Federal e do MP-BA.
O esquema investigado
As apurações indicam que Jerônimo João da Silva atuava como líder operacional do grupo. Segundo o MP-BA, o grupo usava uma empresa familiar de transporte como fachada — uma espécie de máscara para encobrir a atividade real. As remessas teriam sido feitas de forma regular entre São Paulo e Pernambuco, com uso de estratégias de camuflagem e dispositivos de rastreamento para ocultar e monitorar a carga. Como conseguiriam disfarçar tanto? A investigação aponta justamente para essas técnicas de camuflagem e monitoramento.
Pedidos do Ministério Público
Na peça acusatória, o MP-BA requereu a prisão preventiva de Jerônimo João da Silva, alegando a gravidade dos fatos, risco de fuga e a possibilidade de continuidade das atividades ilícitas. O órgão também pediu que, em caso de condenação, seja fixado um valor mínimo de indenização por danos morais coletivos, a ser destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Fundamentais do MP-BA.
Agora, os pedidos do Ministério Público serão apreciados pelo Poder Judiciário, e os autos seguem para decisão sobre as medidas cautelares e demais providências decorrentes da denúncia.