Os holofotes da política nacional estão mais uma vez voltados para Brasília, e a notícia que chegou na última segunda-feira (25) não é para menos: a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor de reforçar o policiamento na vizinhança do ex-presidente Jair Bolsonaro. Tudo isso acontece bem na reta final antes de um julgamento importantíssimo no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para a próxima terça-feira (2). Nele, Bolsonaro e sete aliados serão julgados no que está sendo chamado de “trama golpista”. E pode apostar: essa medida de segurança, junto com o andamento do processo, já está agitando o cenário político do país, com ecos que chegam até mesmo na Bahia.
O Pedido de Reforço e o Cuidado Necessário
Mas como essa história do policiamento começou? Pois bem, o posicionamento da PGR foi enviado diretamente ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Isso aconteceu depois que o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, para que essa medida fosse tomada. O parlamentar argumentou que era essencial para “assegurar a aplicação da lei penal”.
A PGR, então, não só apoiou a ideia, mas recomendou à Polícia Federal que mantivesse equipes a postos em tempo integral. O objetivo? Monitorar as medidas de segurança já em vigor. No entanto, o parecer da PGR trouxe um detalhe importante, quase como um lembrete para não exagerar:
“Parece ao Ministério Público Federal de bom alvitre que se recomende formalmente à polícia que destaque equipes de prontidão em tempo integral para que se efetue o monitoramento em tempo real das medidas de cautela adotadas, adotando-se o cuidado de que não sejam intrusivas da esfera domiciliar do réu, nem que sejam perturbadores das suas relações de vizinhança”, destacou o parecer.
Ou seja, a ideia é vigiar, mas sem invadir a privacidade ou incomodar os vizinhos do ex-presidente.
Prisão Domiciliar e um ‘Rascunho’ Curioso
Aliás, vale lembrar que Bolsonaro já cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto. Ele usa uma tornozeleira eletrônica, e essa condição foi imposta por decisão do próprio ministro Moraes. O motivo? Descumprimento de medidas anteriores, como a proibição de fazer postagens em redes sociais usando perfis de terceiros.
E como se não bastasse, na semana passada, um detalhe surpreendente veio à tona em outro inquérito: a PF revelou ter encontrado no celular de Bolsonaro um documento que seria um pedido de asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei. O arquivo, datado de 2024, foi logo descrito pela defesa como um “rascunho”, negando qualquer tentativa real de fuga do país. Curioso, não?
O Que Vem Por Aí
Agora, os holofotes se voltam para a Primeira Turma do STF, onde o julgamento do próximo dia 2 representa um verdadeiro ponto de virada nas investigações sobre a tentativa de golpe. Os próximos passos legais e políticos desse processo prometem continuar a pautar discussões e estratégias por todo o país. Essa movimentação, por exemplo, é acompanhada de perto pela sociedade e pela classe política de estados como a Bahia, onde as implicações jurídicas de figuras políticas nacionais frequentemente reverberam com força. Prepare-se, pois os próximos dias prometem ser intensos na política brasileira.