Atenção, público baiano e empresas da Bahia! Preparem-se para um alerta sério: os golpes usando inteligência artificial estão explodindo no Brasil. E não estamos falando de qualquer golpe, mas de fraudes super realistas, criadas com a temida tecnologia de deepfake.
Já imaginou uma empresa multinacional transferindo milhões de dólares depois de uma chamada de vídeo com “executivos” que, na verdade, eram criações de IA? Pois é, isso aconteceu. E o mais chocante é que, aqui no Brasil, essas fraudes cresceram incríveis 822% e são cinco vezes mais frequentes do que nos Estados Unidos. Assustador, né?
O Que São os Deepfakes?
Essa tal inteligência artificial, capaz de gerar imagens e vozes que parecem de verdade – os famosos deepfakes –, virou uma ferramenta poderosa nas mãos de criminosos. Pense bem: essas imitações são tão boas que fica cada vez mais difícil diferenciar o que é real do que não é. Com elas, os golpistas podem se passar por qualquer um, desde um colega de trabalho até um CEO, e te enganar em e-mails, ligações e até reuniões por vídeo. O pior é que criar um deepfake é cada vez mais barato e rápido.
Brasil, um Alvo Prioritário
Os números não mentem e são alarmantes. Enquanto os Estados Unidos registraram mais de 105 mil ataques de deepfakes, aqui no Brasil o salto foi de 822%. Sim, somos o país com fraudes por IA cinco vezes mais comuns que nos EUA, segundo empresas de segurança como a Adaptive Security. Brian Long, um dos fundadores da Adaptive Security, contou ao Wall Street Journal:
“Há um ano, talvez um em cada dez executivos de segurança que conversei tivesse visto um. Agora, esse número está perto de cinco em cada dez.”
Perderam a confiança em suas chamadas? Pois é, a sofisticação desses golpes é tanta que fica quase impossível saber se a pessoa do outro lado é de verdade.
Como Eles Agem?
Quer saber como esses golpes de deepfake funcionam na prática? O Wall Street Journal explica: eles geralmente miram em funcionários com acessos importantes, como gerentes financeiros. Tudo começa com uma ligação urgente de um falso CEO ou executivo, falando sobre assuntos sérios tipo aquisições. Em seguida, marcam uma reunião online, onde usam as imagens e vozes criadas por IA para te enganar. Ali, a vítima é instruída a fazer transferências de dinheiro, enviar informações sigilosas ou clicar em links perigosos. O objetivo? Compromissar a empresa. E o mais impressionante: os deepfakes conseguem imitar a voz, o tom, o jeito de falar e até o sotaque em tempo real! Margaret Cunningham, especialista em IA da Darktrace, resumiu bem ao WSJ:
“Esses ataques funcionam porque simplesmente visam a forma como os humanos operam. Uma vez que a confiança é estabelecida, mesmo que brevemente, os invasores podem assumir um papel interno e solicitar ações que pareçam legítimas.”
Como se Proteger?
Diante desse cenário tão real e em rápida evolução, o que podemos fazer? Especialistas em segurança cibernética, como o JP Morgan, dão algumas dicas valiosas para a gente se proteger:
- Sempre, mas sempre mesmo, procure uma pessoa de confiança para confirmar qualquer informação se você estiver na dúvida.
- Crie um protocolo claro para validar transações financeiras. Melhor prevenir do que remediar, certo?
- Desconfie na hora de qualquer ligação, e-mail, vídeo ou mensagem que peça informações confidenciais ou algo urgente. Fique de olho!
- Valide a identidade de quem te contatou: desligue e retorne a ligação para um número OFICIAL da empresa, nunca para o contato inicial que te chamou.
- Evite clicar em links ou abrir arquivos de e-mails, mensagens ou redes sociais que você não pediu.
- Cuidado com o que você compartilha nas redes sociais! Elas são um prato cheio de dados para os golpistas.
- Mantenha seus aparelhos, aplicativos e antivírus sempre atualizados. É a sua primeira linha de defesa.
A verdade é que a complexidade desses golpes de inteligência artificial, especialmente os deepfakes, mostra o quanto a tecnologia avança rápido e como precisamos nos adaptar. Ficar por dentro e se proteger é a chave!