O deputado federal Claudio Cajado (PP) deixou clara a posição do Progressistas na política da Bahia nesta segunda-feira (18). Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, ele ressaltou que o partido mantém sua independência, mesmo com a formação de uma federação com o União Brasil, que faz oposição. Na conversa, Cajado também explicou o apoio de alguns membros do PP ao governo estadual.
Ele fez questão de expressar seu apreço pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), mas frisou que sua atuação não significa um vínculo direto com a administração. Segundo o deputado, sua presença em eventos do governo só acontece em cidades onde os prefeitos que o apoiam também estão presentes.
A autonomia do PP e o apoio individual
“Eu não tenho pé no governo. Eu não frequento secretarias. Frequento o palanque do governador Jerônimo quando ele está nos municípios que os prefeitos também me apoiam. Devo dizer que o governador me recebe muito bem, não vou negar, gosto muito dele. Mas eu não tenho nada no governo, não tenho cargo, não tenho participação no governo, pelo contrário”, declarou Claudio Cajado.
A discussão sobre a autonomia do PP ganha ainda mais força com a federação partidária que se aproxima com o União Brasil, a principal força de oposição no estado. Cajado esclareceu que o apoio de deputados estaduais do Progressistas ao governo de Jerônimo Rodrigues ocorre por meio de seus mandatos individuais na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), e não em nome do partido.
O impacto na governança do estado
“Os deputados estaduais, esses participam, recebem benefícios, fazem pedidos e por aí vai. Em relação ao futuro, como isso vai ficar, eu não sou governo nem oposição, eu sou independente, assim como o PP é na Bahia. Os deputados estaduais apoiam o governo através do mandato deles, não em nome do partido. Eu e Mário Negromonte Jr. somos independentes. Faço uma política de que se puder ajudar eu ajudo, atrapalhar não contempla meu mandato”, completou o deputado.
Essa postura independente de Cajado e de parte da bancada do PP na Bahia pode, sim, impactar a dinâmica das próximas eleições e a governabilidade do estado. Isso se torna ainda mais relevante com a união das siglas no cenário nacional. A situação revela uma teia de alianças políticas locais bastante complexa.