A comunidade científica confirmou a identificação do buraco negro mais antigo e distante conhecido até hoje, localizado a 13,3 bilhões de anos-luz da Terra. O objeto, cuja formação remonta a aproximadamente 500 milhões de anos após o Big Bang, reside no centro da galáxia CAPERS-LRD-z9.
A descoberta, detalhada em um estudo conduzido pelo Centro de Fronteira Cósmica da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, foi possível graças às avançadas capacidades do Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA.
Uma das características mais notáveis deste fenômeno cósmico é sua imensa proporção. O buraco negro possui uma massa equivalente a 300 milhões de vezes a do Sol, o que representa aproximadamente metade de toda a massa estelar contida em sua galáxia hospedeira. Esse gigantismo, observado em um estágio tão primordial do cosmos, desafia as atuais concepções teóricas sobre o crescimento de buracos negros em seus estágios iniciais.
Próximos passos da pesquisa
A equipe de cientistas planeja realizar novas observações de alta resolução utilizando o JWST. O objetivo é aprofundar a compreensão sobre a composição da galáxia CAPERS-LRD-z9, a estrutura do buraco negro e, fundamentalmente, analisar seu papel na evolução das galáxias.
A descoberta será tema de discussão no Programa Olhar Espacial, que receberá Ary Martins, fundador e diretor do Clube de Astronomia Plêiades do Sul. Ele conversará com Marcelo Zurita sobre os impactos e implicações desse achado.