O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o cantor MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho, e outras nove pessoas por tortura e extorsão mediante sequestro do ex-empresário Renato Medeiros. O caso, que teria ocorrido em 2023, ganhou repercussão nacional após a divulgação dos detalhes da investigação e o pedido de prisão preventiva do artista e de outros seis envolvidos.
Segundo a denúncia, Poze e seus amigos teriam agido de forma coordenada para agredir Renato e obrigá-lo a confessar o suposto roubo de uma joia do cantor. As investigações apontam que a vítima foi submetida a socos, chutes, agressões com uma arma artesanal feita de madeira e pregos, além de queimaduras provocadas por cigarros acesos. Renato relatou que ficou privado de liberdade por pelo menos uma hora e meia e, após o episódio, apresentou fraturas, queimaduras e lesões extensas, incluindo marcas de cigarro dentro da orelha e sequelas físicas e psicológicas que persistem até hoje.
A defesa de MC Poze, por meio do advogado Fernando Henrique Cardoso, afirmou que o pedido de prisão não tem fundamento, destacando que o artista vem cumprindo todas as medidas cautelares impostas pela Justiça há mais de 30 meses. O advogado reforçou que, desde o início da investigação, não houve descumprimento das determinações judiciais e que Poze provará sua inocência durante o processo.
Nas redes sociais, MC Poze desabafou sobre a situação, dizendo não ter paz e pedindo forças a Deus para superar o momento.
“Não tenho um dia de paz, meu Deus do céu, eu não mereço isso, eu só quero viver de boa”, publicou.
O cantor também enfrenta outras polêmicas recentes, como acusações de perturbação da ordem pública em seu condomínio e investigações por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Em junho, chegou a ser preso por cinco dias, sendo liberado após cumprir medidas cautelares.
O processo segue em andamento, com o MPRJ aguardando a conclusão de laudos periciais e a análise de provas coletadas durante a investigação. Até o momento, não há decisão definitiva sobre a prisão dos acusados, e o caso segue sob análise da Justiça.
