Uma criança de dois anos morreu após ser atacada por um pit bull da família na manhã de segunda-feira (21/7), em Hortolândia, interior de São Paulo. O animal, que havia sido adotado há cerca de dois meses, estava na residência com a criança e a mãe no momento do incidente, no bairro Jardim Amanda.
De acordo com informações da Polícia Militar, a mãe pediu socorro ao perceber o ataque. Vizinhos acionaram a polícia, que precisou intervir e disparar contra o cão para cessar a agressão, já que o animal também tentou avançar sobre os agentes. A criança foi socorrida em estado grave e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, mas não resistiu aos ferimentos. O pit bull, adulto, sobreviveu aos disparos e foi encaminhado para atendimento veterinário, permanecendo sob observação.
A Polícia Civil registrou o caso como lesão corporal seguida de morte e iniciou perícia no local para esclarecer as circunstâncias do ataque, incluindo o que pode ter motivado a reação do animal. A conduta dos policiais também será analisada. Segundo relatos de vizinhos, o cão era considerado dócil até o momento do ocorrido.
O caso reacende discussões sobre a criação de raças consideradas potencialmente perigosas e a responsabilidade dos tutores. Em 2024, ao menos 13 ataques de pit bulls foram registrados no Brasil, resultando em seis mortes, incluindo idosos e crianças. Especialistas em comportamento animal destacam que fatores como socialização inadequada, ambiente estressante e falta de supervisão podem aumentar o risco de agressividade em cães de qualquer raça. Adestradores recomendam socialização precoce, supervisão constante de crianças com cães de grande porte e treinamento profissional.
A Polícia Civil segue investigando o caso, aguardando laudos periciais e depoimentos de testemunhas. O animal permanece sob observação e pode ser encaminhado a um centro de zoonoses, caso a família não comprove condições de mantê-lo em segurança.
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