A motivação para o crime ocorrido no Morro de São Carlos, região central do Rio de Janeiro, foi detalhada no depoimento de Bruno Guimarães da Cunha Chagas, de 33 anos, preso por matar, esquartejar e cozinhar partes do corpo do amigo Thiago Lourenço Morgado, de 36 anos. Segundo Bruno, o assassinato foi um ato de vingança após ele ter sido, supostamente, sedado e estuprado pela vítima em duas ocasiões.
De acordo com o relato do suspeito à Delegacia de Homicídios da Capital, os abusos teriam ocorrido cerca de oito meses e noventa dias antes do crime. Bruno afirmou que, nas duas vezes, adormeceu após consumir lanches oferecidos por Thiago e, ao acordar, percebeu sinais de violência sexual. Ele relatou que nunca denunciou o caso à polícia, mas que o trauma e o ressentimento se acumularam, culminando em uma discussão fatal no domingo, 13 de julho de 2025.
Após o desentendimento, Bruno esfaqueou Thiago e, em seguida, esquartejou o corpo. Em uma tentativa de ocultar o crime, cozinhou partes do cadáver, bateu no liquidificador e armazenou os restos mortais em sacos na geladeira. Parte do material foi descartada no vaso sanitário, segundo a investigação.
A ausência de Thiago no trabalho levantou suspeitas entre colegas da padaria onde ambos trabalhavam. A irmã da vítima, Jancileide Rocha Morgado, foi até a residência e, ao desconfiar da versão apresentada por Bruno, entrou na casa e encontrou sacos com partes do corpo na geladeira, acionando imediatamente a polícia.
Bruno foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. A Justiça destacou a gravidade do crime e a confissão do suspeito, que segue detido enquanto a Polícia Civil apura todos os detalhes do caso. O corpo de Thiago foi encaminhado ao Instituto Médico Legal e sepultado em Belo Horizonte.
Até o momento, Bruno responde por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. As investigações continuam para esclarecer todas as circunstâncias do crime.
