Uma mulher de 45 anos precisou ser submetida a uma cirurgia de emergência após sofrer uma ruptura da aorta durante uma relação sexual com o marido, nos Estados Unidos. O caso raro foi relatado por médicos do hospital Merit Health Wesley, no Mississippi, e publicado na revista científica American Journal of Case Reports.
Segundo os relatos, a paciente sentiu um estalo súbito no peito no momento do orgasmo, seguido de dor intensa irradiando para as costas, falta de ar e náuseas. Ao chegar ao hospital, apresentava pressão arterial de 220/140mmHg. Exames identificaram um hematoma intramural na aorta torácica, quadro compatível com a Síndrome Aórtica Aguda (SAA), condição grave que pode evoluir rapidamente para risco de morte.
Os médicos destacaram que a paciente tinha fatores de risco importantes: hipertensão arterial não tratada há pelo menos um ano e tabagismo crônico, com histórico de 17 anos fumando diariamente. Durante a relação, a posição sexual pode ter contribuído para o aumento da pressão intra-abdominal e torácica, favorecendo o rompimento da artéria.
A mulher foi medicada para controle da dor e da pressão arterial e encaminhada para cirurgia cardiotorácica de urgência. Após três dias de internação, recebeu alta e segue em acompanhamento clínico.
A Síndrome Aórtica Aguda é uma condição rara, mas de alta letalidade, especialmente quando o diagnóstico e o tratamento não são realizados rapidamente. O risco de morte aumenta cerca de 1% a cada hora sem intervenção médica, e até 22% dos casos não são diagnosticados a tempo.
A paciente sobreviveu ao episódio e permanece sob cuidados médicos, sem complicações relatadas até o momento.