O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), se posicionou de forma contundente contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao território americano. Em publicação nas redes sociais, Jerônimo afirmou: “O Brasil não é quintal de ninguém. O presidente dos EUA, com essa decisão, taxa e castiga o setor produtivo brasileiro, que gera empregos e já tinha contratos fechados. Enquanto Lula trabalha para taxar as grandes fortunas, há quem jogue contra e prefira taxar o Brasil”.
O governador reforçou o apoio ao presidente Lula e à defesa da soberania nacional, destacando que a Bahia está “de mãos dadas com o Brasil e com o presidente Lula”. Jerônimo também evocou o simbolismo histórico da Bahia na luta pela independência do país: “A terra do 2 de Julho não abre mão do respeito ao nosso povo, da nossa independência e da nossa soberania. A gente tem lado: o lado do povo brasileiro e da democracia. RESPEITE O BRASIL!”
Durante evento em Salvador, Jerônimo classificou a medida como uma afronta à economia e à soberania do Brasil, alertando para os riscos de rescisão de contratos de exportação e perda de empregos. Ele também cobrou uma postura mais clara da oposição diante do episódio: “Essa não é uma briga entre esquerda e direita. Isso é uma agressão ao Brasil. Eu quero saber se os nossos opositores vão ficar do lado de Trump também”.
Jerônimo concluiu que o Brasil não pode se curvar diante de imposições estrangeiras e defendeu que o presidente Lula conduza o caso com diálogo, mas também, se necessário, com reciprocidade tarifária. “O Brasil tem dono, e o dono do Brasil é o povo brasileiro. A soberania nacional não pode ser motivo de chacota”, afirmou.
A tarifa de Trump foi anunciada após uma carta enviada ao governo brasileiro, na qual o presidente americano critica o Supremo Tribunal Federal e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O governo Lula classificou a medida como injustificada economicamente e parte de uma articulação política internacional para deslegitimar instituições brasileiras.