A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (10) uma operação que culminou na prisão de dois homens e na desarticulação de um grupo criminoso atuante em agiotagem e extorsão. A dupla é acusada de extorquir o proprietário de uma farmácia localizada em Irecê, no Centro Norte da Bahia, por um período de três anos, gerando um prejuízo estimado em mais de R$ 2 milhões à vítima.
Batizada de “Otiosos”, a ação policial foi executada simultaneamente em municípios baianos, incluindo Irecê, João Dourado e Várzea Nova, este último na região do Piemonte da Diamantina. De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Civil, os suspeitos foram localizados e detidos nas cidades de João Dourado e Várzea Nova.
Desdobramentos e Material Apreendido
As apurações que levaram à “Otiosos” tiveram início a partir da prisão em flagrante dos dois indivíduos, ocorrida em 24 de junho passado, também em Irecê. As investigações indicaram que os crimes eram praticados de maneira contínua e organizada por membros de uma mesma família, caracterizando a estrutura de uma organização criminosa com envolvimento, inclusive, em posse ilegal de arma de fogo.
Durante o cumprimento dos mandados, os agentes de segurança confiscaram uma variedade de itens que corroboram a prática delituosa. Entre os materiais apreendidos, destacam-se:
- Uma pistola calibre 9 mm com dois carregadores;
- 28 munições de 9 mm e cinco munições calibre .38;
- Um cofre e R$ 7.250 em espécie;
- Notas promissórias e dois cheques preenchidos, nos valores de R$ 90 mil e R$ 43 mil;
- Recibos de imóveis rurais, aparelhos celulares e um caderno com anotações que auxiliam na comprovação das atividades ilícitas.
A operação conjunta foi coordenada pelas 14ª, 13ª e 16ª Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins). O trabalho contou, ainda, com o suporte das Coordenações de Apoio Tático e Técnico à Investigação (Catti), abrangendo as regiões da Chapada, Piemonte e Diamantina. As investigações prosseguem com o objetivo de identificar e responsabilizar outros indivíduos que possam ter ligação com a organização criminosa.