A Casa Branca, sob a administração do presidente Donald Trump, comunicou na noite da última quinta-feira (10) a imposição de uma tarifa de 35% sobre todas as mercadorias importadas do Canadá. A medida, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto, faz parte de uma ofensiva comercial mais ampla dos Estados Unidos, visando redefinir acordos comerciais globais.
Ofensiva comercial americana
O Canadá é a vigésima terceira nação a receber notificação oficial de Washington desde o início da semana. Essa série de ações unilaterais busca pressionar países a estabelecerem novos acordos comerciais bilaterais, conforme os termos estabelecidos pelos EUA, intensificando as tensões diplomáticas e econômicas em diversas partes do mundo.
“Essas tarifas são temporárias e podem ser revistas caso os países busquem um entendimento com os Estados Unidos”, disse Trump em comunicado.
A flexibilidade na aplicação das taxas é um ponto central da nova estratégia americana.
Impacto global das tarifas
No cenário atual das sobretaxas aplicadas pelos EUA, o Brasil se mantém com a alíquota mais elevada, em 50% sobre seus produtos exportados para o mercado americano. A lista atualizada de nações notificadas inclui outras como Argélia, Brunei, Filipinas, Iraque, Líbia, Moldávia e Sri Lanka, cujas tarifas variam entre 20% e 36%.
A relação completa dos países notificados e as respectivas taxas de importação, conforme divulgado, é a seguinte:
- Brasil: 50%
- Laos, Myanmar: 40%
- Tailândia, Camboja, Indonésia: 36%
- Canadá, Sérvia, Bangladesh: 35%
- África do Sul, Argélia, Iraque, Líbia, Bósnia e Herzegovina: 30%
- Sri Lanka: 30%
- Japão, Malásia, Moldávia, Coreia do Sul, Brunei, Cazaquistão, Tunísia: entre 25% e 30%
- Filipinas: 20% (a menor taxa imposta até o momento)
A decisão sobre as tarifas temporárias reflete a postura assertiva da Casa Branca na busca por renegociações comerciais. As sobretaxas começarão a valer em agosto, e seu impacto nas relações econômicas internacionais será acompanhado nos próximos meses.