O empresário e conselheiro de Administração, Roberto Valverde, fez duras críticas à administração pública em relação ao bairro da Barra, uma das principais regiões turísticas e de alto padrão em Salvador, na Bahia. Em entrevista a um podcast, um trecho que ele mesmo divulgou em suas redes sociais, Valverde afirmou que o local tem potencial para ser comparado ao Leblon, no Rio de Janeiro, mas enfrenta desafios significativos.
Valverde descreveu a situação na Barra como uma “esculhambação” e associou os problemas à proliferação de distribuidoras de bebidas, que, segundo ele, seriam controladas por milícias. O conselheiro destacou que a prefeitura teria mapeado essa situação há aproximadamente seis anos. Para o empresário, a falta de “coragem” para regulamentar o número desses estabelecimentos – sugerindo apenas um por bairro – contribui para atrair atividades ilícitas, como o tráfico de drogas, e o que ele chamou de “farofeiro” com isopor e caixas de som nas praias.
Desafios e Sugestões
As críticas de Roberto Valverde se estendem a questões como a poluição sonora, o uso irregular das calçadas por comerciantes e a ausência de regulamentação adequada para diversos serviços no bairro. Ele ressaltou a necessidade de uma maior organização da sociedade civil para enfrentar esses impasses.
“Dá pra fazer diferente, não é difícil”, disse Valverde. “Então fica todo mundo unitariamente reclamando, mas ninguém no coletivo se junta. Apresente o plano diretor, amigo, copie outras cidades, pelo amor de Deus. É fato. É tudo esculhambado, com a cadeira em cima da calçada, ocupando o lugar do pedestre. Já fizemos uma obra de requalificação, mas perdemos para a criminalidade. Então, assim, poder público, iniciativa privada e associação precisam se juntar, se mobilizar para fazer um plano inteligente.”
O empresário enfatizou que, apesar de uma obra de requalificação já ter sido realizada, a área teria sido “perdida para a criminalidade”. Valverde concluiu seu posicionamento ao clamar por uma união entre poder público, iniciativa privada e associações para desenvolver um “plano inteligente” que resolva os problemas estruturais e de segurança que, em sua visão, impedem a Barra de atingir seu potencial máximo.