O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite de segunda-feira (23) um acordo de cessar-fogo entre Israel e Irã, após 12 dias de intensos confrontos na região. O acordo previa que o Irã cessaria os ataques primeiro, seguido por uma trégua israelense 12 horas depois, conforme divulgado pela Casa Branca e confirmado por publicações do presidente em suas redes sociais.
No entanto, poucas horas após o início da trégua, ambos os lados trocaram acusações de violação do acordo. Israel afirmou que o Irã lançou cerca de 20 mísseis contra o sul do país, resultando em pelo menos quatro mortes em Beersheba. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou que ordenou ataques de retaliação contra alvos em Teerã, classificando a ação iraniana como uma “violação flagrante” do cessar-fogo.
Por outro lado, o governo iraniano negou ter disparado mísseis após o início do cessar-fogo e acusou Israel de continuar com ataques aéreos em seu território. Segundo o Ministério da Saúde do Irã, 107 pessoas morreram nas últimas 24 horas em decorrência dos bombardeios israelenses, elevando o total de vítimas desde o início do conflito para 606.
Em meio à escalada, Trump utilizou sua conta na Truth Social para pedir que Israel não lançasse mais bombas contra o Irã, alertando que novas ações violariam o acordo mediado pelos Estados Unidos. O presidente americano afirmou estar insatisfeito com ambos os lados e reforçou que o cessar-fogo deveria ser respeitado para evitar uma nova onda de violência.
O conflito também envolveu ataques a instalações nucleares iranianas, com o governo de Teerã afirmando que tomou medidas para garantir a continuidade de seu programa nuclear, apesar dos danos causados pelos bombardeios recentes. A situação permanece tensa, com a comunidade internacional acompanhando de perto os desdobramentos e a efetividade do cessar-fogo.
Até o momento, o status do acordo segue incerto, com relatos de novos ataques e acusações mútuas entre Israel e Irã, enquanto os Estados Unidos tentam manter a trégua e evitar uma escalada ainda maior no Oriente Médio.