O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu investigação sobre um possível caso de trabalho escravo envolvendo uma adolescente de 17 anos no município de Maraú, no baixo sul da Bahia. A apuração tem como base uma denúncia de agressões e maus-tratos sofridos pela jovem, que teria sido agredida por sua prima e suposta empregadora.
A Polícia Civil prendeu Taís Conceição Santos, de 26 anos, na última segunda-feira (16), no distrito de Taipu de Dentro, em Maraú. Ela é apontada como a autora das agressões contra a adolescente. A investigação do MPT busca determinar a existência de vínculo empregatício, uma vez que depoimentos indicam que a vítima cuidava dos dois filhos de Taís.
A denúncia e a prisão
As denúncias de maus-tratos ganharam visibilidade após a circulação de um vídeo nas redes sociais. As imagens mostram a adolescente supostamente amarrada no chão enquanto é espancada. Este material foi crucial para o conhecimento do caso pelas autoridades.
A delegada Carla Ramos, titular de Maraú e responsável pelo flagrante, confirmou a prisão da suspeita. O MPT, através de sua unidade em Itabuna, solicitou nesta quarta-feira (18) informações detalhadas à delegacia para subsidiar a investigação.
Apoio à vítima
Paralelamente à investigação, o Ministério Público do Trabalho informou que está em contato com a rede de assistência social do estado da Bahia. O objetivo é assegurar que a jovem receba todo o suporte necessário após ser retirada da casa da agressora e encaminhada de volta aos seus pais, garantindo sua proteção e bem-estar. O caso é tratado pelo MPT como de alta gravidade, devido à suspeita de condições análogas à escravidão.