O caso do assassinato da miss baiana Raíssa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, ganhou novos desdobramentos nesta semana em Curitiba. Dhony de Assis, filho do humorista Marcelo Alves — que confessou ter matado a jovem — foi preso novamente nesta quarta-feira (18) por suspeita de envolvimento na ocultação do cadáver.
Raíssa desapareceu no dia 2 de junho, após anunciar para amigas e familiares que se mudaria para Sorocaba (SP) a convite de Marcelo, que prometeu ajudá-la a conseguir um emprego. O convite, segundo a investigação, era uma mentira criada para atrair a jovem até a casa do humorista. No local, Marcelo declarou estar apaixonado por Raíssa, mas, diante da recusa dela, a matou por estrangulamento, conforme sua própria confissão à polícia.
O corpo da miss foi encontrado oito dias depois, enterrado em uma área de mata em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Marcelo Alves, que conhecia Raissa desde a infância, confessou o crime e indicou o local onde escondeu o corpo. Ele está preso preventivamente desde então.
Dhony de Assis, filho do humorista, afirmou em depoimento que foi chamado pelo pai após o crime e, sob forte abalo emocional, ajudou a transportar o corpo até o local do enterro. Inicialmente, ele foi preso por ocultação de cadáver, pagou fiança e foi liberado. Agora, um novo mandado de prisão preventiva foi expedido, determinando que Dhony permaneça detido por pelo menos 30 dias, enquanto a polícia aprofunda as investigações sobre sua real participação no caso.
A Polícia Civil do Paraná trata o crime como feminicídio e apura indícios de premeditação, já que laudos preliminares apontam inconsistências no depoimento de Marcelo e sugerem que Raíssa pode ter sido dopada antes de ser morta, pois não havia sinais de defesa no corpo da vítima. A defesa dos acusados nega que o crime tenha sido planejado e afirma que Marcelo agiu sob violenta emoção.
O caso segue em investigação, com a expectativa de novos laudos e depoimentos para esclarecer todos os detalhes do crime.