O secretário municipal de Saúde de Salvador, Rodrigo Alves, rechaçou na última segunda-feira (16) que o atraso na entrega da nova maternidade da capital baiana represente um entrave para o sistema de saúde local. Em entrevista concedida ao portal Bahia Notícias, o gestor declarou que a unidade, apesar de ser uma promessa da gestão, não era vista como uma necessidade premente para a rede municipal.
De acordo com Alves, a construção do Hospital Maternidade e da Criança (HMC) foi uma “decisão do governo municipal”, classificando o equipamento como “extraordinário”. A iniciativa, que teve início em novembro de 2023, já soma investimentos de R$ 101 milhões em obras de reforma e ampliação.
Novas datas e investimentos
Inicialmente, a entrega da maternidade estava prevista para o segundo semestre do ano anterior. Contudo, a nova projeção indica que a conclusão ocorrerá apenas no primeiro semestre de 2026. Rodrigo Alves expressou confiança no cumprimento do novo prazo.
“De forma alguma [isso é um problema], porque não é que Salvador não tem uma maternidade, Salvador não tinha um equipamento municipal e nem precisaria ter. Isso foi uma decisão do governo municipal a gente construir essa maternidade e muito bem-vinda porque ficou um equipamento extraordinário”, disse o secretário de Saúde de Salvador, Rodrigo Alves.
Apesar de ser originada de uma promessa de campanha do prefeito Bruno Reis, o secretário Rodrigo Alves fez questão de desvincular o projeto de uma mera “bandeira política”. Ele ressaltou que a construção envolve uma “engenharia muito complexa”, com a licitação e os trâmites sendo devidamente seguidos.
“Eu acho que se essa foi uma bandeira política, deixa de ser. É uma falsa bandeira, é uma maternidade que o prefeito [Bruno Reis] prometeu, licitou, seguiu todos os trâmites, o que não é fácil. É uma engenharia muito complexa e apesar disso, vamos entregar ela muito em breve. Não consigo imaginar nenhum risco para que não seja entregue no primeiro semestre”, completou o gestor.