A andropausa, popularmente conhecida como “menopausa masculina”, é uma realidade que atinge aproximadamente 25% dos homens brasileiros acima de 40 anos, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Endocrinologia. Apesar dos números expressivos, uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia revelou que 57% dos homens desconhecem a existência da andropausa e seus sintomas.
A condição, tecnicamente denominada Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), é caracterizada pela queda progressiva dos níveis de testosterona, um hormônio crucial para a saúde masculina. Diferentemente da menopausa feminina, que apresenta interrupção abrupta da produção hormonal, a andropausa ocorre de forma gradual e progressiva.
Sintomas afetam qualidade de vida masculina
Os principais sintomas da andropausa incluem cansaço constante, dificuldade em ganhar massa muscular, acúmulo de gordura na região abdominal, redução da libido e disfunção erétil. O nutricionista Luis Gil, especialista em saúde hormonal que tem ganhado destaque nas redes sociais, questiona a falta de debate público sobre o tema.
“Se tens mais de 40 e por muito que vás ao ginásio não tens os resultados que querias, isso pode ser que não seja apenas culpa tua, pode ser um tema hormonal”, explica Gil em suas publicações nas redes sociais.
Outros sintomas relatados pelos especialistas incluem alterações de humor, irritabilidade, problemas de memória e concentração, insônia, perda de massa óssea e muscular, e até mesmo depressão. Homens com baixa testosterona apresentam três vezes mais risco de desenvolver depressão.
Prevalência aumenta com a idade
A queda da testosterona inicia-se naturalmente após os 40 anos, com declínio de aproximadamente 1% ao ano. Estudos indicam que entre 2,1% a 5,7% dos homens entre 40 e 79 anos apresentam sintomas da andropausa, percentual que aumenta significativamente com o avanço da idade.
Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que três em cada dez homens acima de 50 anos têm DAEM, mas menos de 20% recebem tratamento adequado. A partir dos 70 anos, estima-se que cerca de 30% a 40% dos homens possam ter