O caso envolvendo a morte de Raíssa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, segue ganhando novos desdobramentos em Curitiba. Dhony Alves, filho do humorista Marcelo Alves dos Santos — que confessou o crime —, procurou a Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) para registrar ameaças que estaria recebendo desde que o caso veio à tona. Segundo a defesa, Dhony nega qualquer participação direta no homicídio e afirma que apenas ajudou o pai a transportar o corpo da jovem.
Dhony chegou a ser detido na segunda-feira (9), mas pagou fiança de R$ 500 e foi liberado em seguida. De acordo com o advogado Caio Percival, o jovem precisou sair de casa às pressas e não dormiu em sua residência devido ao clima de insegurança. A defesa alega que as ameaças surgiram após declarações de representantes da família de Raíssa, que sugeriram envolvimento de Dhony no crime.
O crime ocorreu após Raíssa, que estava desaparecida desde 2 de junho, receber uma suposta proposta de trabalho em Sorocaba (SP). Marcelo Alves dos Santos confessou ter matado a jovem após ela recusar um relacionamento afetivo. A Polícia Civil do Paraná enquadrou o caso como feminicídio, e a investigação segue em andamento.
Segundo a defesa, Dhony e Raíssa se conheciam há cerca de três anos, mas ele não teria participado do crime, apenas ajudando o pai após o ocorrido. O advogado destacou que a colaboração de Dhony com a polícia foi fundamental para a localização do corpo, permitindo que a família de Raíssa pudesse realizar o velório.
A família de Raíssa, por sua vez, contesta a versão apresentada pela defesa do humorista e afirma que Marcelo estaria dissimulando arrependimento. A Polícia Civil aguarda laudos complementares para avançar na apuração do caso nas próximas semanas.
O caso segue sob investigação pelas autoridades de Curitiba, sem novas prisões até o momento.