A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba revelou, em coletiva nesta terça-feira (10), novos detalhes sobre o assassinato de Raíssa Suellen Ferreira da Silva, 23 anos, natural de Paulo Afonso (BA). O crime, que chocou a comunidade local, foi classificado pela polícia como feminicídio premeditado.
Raíssa, ex-miss e influenciadora digital, estava desaparecida desde 2 de junho. Seu corpo foi encontrado em uma área de mata em Araucária, região metropolitana de Curitiba, após o humorista Marcelo Alves dos Santos, 41 anos, confessar o crime e indicar o local à polícia. Segundo a delegada Aline Manzatto, Marcelo era amigo de infância da vítima e a ajudou a se mudar para Curitiba há três anos, onde ela buscava novas oportunidades profissionais.
De acordo com a investigação, Marcelo relatou ter cometido o crime após uma discussão, alegando ter sido rejeitado por Raíssa. Ele afirmou que a vítima o teria xingado, o que o deixou descontrolado, levando-o a estrangulá-la com um fio de plástico. O corpo foi ocultado com a ajuda do filho do suspeito.
A polícia, no entanto, considera a motivação apresentada por Marcelo suficiente para enquadrar o caso como feminicídio. Exames periciais descartaram sinais de violência sexual, e um laudo confirmou que Raíssa era virgem, reforçando a versão da família e desmentindo boatos que circularam nas redes sociais sobre a conduta da jovem.
A irmã da vítima, Natália Ferreira, usou as redes sociais para defender a memória de Raíssa: “O que alivia a minha alma é saber que SEMPRE estive certa da índole e da ingenuidade da minha irmã! Aos fofoqueiros de plantão está aí a prova que minha irmã era VIRGEM!!!! Não foi pra outra cidade fazer ‘programa’”, escreveu.
Marcelo Alves está preso e responde por feminicídio e ocultação de cadáver. A defesa do suspeito alega que o crime não foi premeditado e tenta enquadrá-lo como resultado de “violenta emoção”, buscando redução de pena. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso.
