A Meta, responsável por plataformas como Facebook e Instagram, foi acusada de rastrear o histórico de navegação de usuários de celulares Android desde setembro do ano passado. Pesquisadores de instituições europeias levantaram a denúncia, apontando semelhanças com táticas usadas pela russa Yandex no passado.
O papel do Meta Pixel
A investigação sugere que a empresa utilizou o Meta Pixel, uma ferramenta comum para monitorar a interação com anúncios, para cruzar dados com os aplicativos Facebook e Instagram. Isso permitia vincular a atividade online de uma pessoa ao seu endereço IP registrado nas redes sociais. Essa prática teria ocorrido sem informação explícita aos usuários sobre o compartilhamento desses dados.
O estudo também revelou que o sistema contornava métodos de privacidade como a guia anônima e redes VPN. A única forma identificada de evitar o rastreamento seria desinstalar os aplicativos da Meta. A vulnerabilidade foi encontrada em navegadores como Google Chrome, Microsoft Edge e Mozilla Firefox.
Desativação e reações
Após a divulgação do relatório com as descobertas, a Meta desativou o Meta Pixel. A empresa declarou estar em contato com o Google para esclarecer o que chamou de “um possível mal-entendido”.
Por sua vez, o Google afirmou que as ações descritas “violam flagrantemente” seus princípios de privacidade e segurança. A companhia destacou que já implementou mudanças para mitigar essas técnicas e que realizará uma investigação própria sobre o assunto.