O músico Edson Café, ex-violonista do grupo Raça Negra, morreu em São Paulo após ser encontrado inconsciente em uma calçada da capital no domingo (1º/6). Aos 69 anos, Café vivia em situação de rua e enfrentava uma longa batalha contra a dependência química, marcada por tentativas de reabilitação e episódios de vulnerabilidade social.
Edson Café fez parte da formação clássica do Raça Negra nos anos 1990, período em que o grupo se consolidou como um dos maiores nomes do pagode nacional. Após sofrer um derrame há cerca de dez anos, o músico perdeu os movimentos dos braços, o que o afastou dos palcos e agravou sua condição de saúde.
Nos últimos anos, Café alternou períodos em clínicas de reabilitação e tentativas de reconstrução familiar, chegando a morar com os filhos no Rio de Janeiro. No entanto, desentendimentos e a falta de suporte contínuo o levaram de volta às ruas de São Paulo, onde enfrentou o vício em crack e maconha.
A morte de Edson Café foi confirmada após seu encaminhamento à Unidade de Pronto Atendimento do Carrão e, posteriormente, ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde não resistiu. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a causa da morte está sob investigação, e o caso foi registrado como morte suspeita pelo 52º Distrito Policial. O corpo foi reconhecido por familiares no Instituto Médico Legal (IML) da zona leste da cidade.
A notícia gerou grande comoção entre fãs e antigos colegas de banda, que lamentaram o desfecho trágico de um artista que marcou época no cenário musical brasileiro. Nas redes sociais, internautas expressaram surpresa e tristeza diante da situação de abandono vivida por Café nos últimos anos.
Até o momento, a polícia segue apurando as circunstâncias do falecimento, e a assessoria do Raça Negra informou que o músico não fazia parte da formação oficial do grupo há mais de duas décadas.