Uma nova pesquisa traz um retrato desafiador para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O levantamento Genial/Quaest, divulgado nesta semana, fala que a maioria dos brasileiros sente que o presidente não está cumprindo o que prometeu. Os resultados parecem mostrar uma preocupação para os próximos anos do mandato.
Você sente que as promessas de campanha foram cumpridas? Pelo visto, 70% dos entrevistados na pesquisa acreditam que Lula não vem entregando o que foi prometido em 2022. Apenas um quarto dos brasileiros, 25%, pensa que o presidente tem executado suas promessas. Há quem não soube ou não quis responder, somando 5%.
Comparativo com governo anterior
Como anda a comparação com o governo passado? Para 44% das pessoas ouvidas, o atual mandato de Lula está pior do que a gestão de Jair Bolsonaro. Por outro lado, 40% acham que a situação é melhor agora. Quase 13% não veem diferença entre os dois governos, enquanto 3% não opinaram.
Lula 3 vs. mandatos anteriores
E em relação aos primeiros mandatos de Lula (2003-2011)? A percepção geral fala que este terceiro governo está deixando a desejar. Nada menos que 56% dos entrevistados dizem que o atual mandato está pior que os dois primeiros. Essa taxa, inclusive, subiu 3 pontos percentuais desde a pesquisa anterior, de março.
Apenas 20% dos brasileiros consideram que o governo Lula 3 é melhor do que os anteriores, um número que se manteve estável. Outros 20% pensam que está tudo igual aos mandatos passados. Uma pequena parcela, 4%, não respondeu ou não soube avaliar.
Pontos positivos na pesquisa
Mas a pesquisa Genial/Quaest não trouxe apenas desafios para o governo. Há sinais de melhora na percepção sobre a economia brasileira. A quantidade de brasileiros que sente que a economia piorou nos últimos 12 meses diminuiu significativamente.
Em abril, 56% diziam que a economia piorou; agora, esse número caiu para 48%. E quem acha que a economia melhorou? Essa taxa subiu um pouco, indo de 16% para 18%. Para 30%, a situação econômica ficou do mesmo jeito, um aumento em relação aos 26% de antes.
A percepção sobre o aumento de preços também mostrou alguma suavização. O percentual de pessoas que sentiram aumento no preço dos alimentos no último mês caiu de 88% para 79%. Isso fala de uma possível, ainda que pequena, melhora no bolso do consumidor.
Os combustíveis e a conta de luz também entraram nessa percepção de menor aumento. Aqueles que acham que o preço dos combustíveis subiu caiu de 70% para 54%. Quem sentiu a conta de luz mais cara reduziu de 65% para 60%. Isso indica uma leve pressão menor sobre esses itens essenciais.
Olhando para frente, a expectativa para a economia futura parece um pouco menos pessimista. Menos pessoas, 30% contra 34% antes, acreditam que a economia vai piorar nos próximos 12 meses. Este é outro ponto que a pesquisa destaca.
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas em todo o Brasil, com 16 anos ou mais, entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Os dados ajudam a entender o momento atual da gestão federal.