O Ministério Público de São Paulo apresentou uma denúncia contra o sargento da Polícia Militar Samir Carvalho. Ele é acusado de matar a esposa, Amanda Carvalho, e de tentar matar a filha do casal, de apenas 10 anos. Os fatos aconteceram no dia 7 de maio, dentro de uma clínica em Santos.
Conforme a denúncia do promotor Fábio Fernandez, feita em 23 de maio, o sargento invadiu o local de trabalho da mulher. Ele teria atirado três vezes e dado 51 facadas em Amanda. A filha foi atingida com dois golpes e ficou ferida, mas sobreviveu.
O que pede o Ministério Público
O Ministério Público pede que Samir Carvalho seja condenado a uma pena mínima de 70 anos de prisão. A promotoria considera várias circunstâncias que agravam o caso. Entre elas estão o uso de meio cruel, o perigo que criou, a forma como agiu para dissimular e dificultar a defesa da vítima. Também pesa o uso de arma de uso restrito.
A pena pedida fica ainda maior porque o crime ocorreu na frente da filha e a atacou. O MP também pediu pagamentos mínimos de indenização. São R$ 100 mil para quem herdar os bens de Amanda e R$ 50 mil para a filha que sobreviveu.
Investigação aponta motivo
As investigações indicam que o crime foi planejado antes de acontecer. A motivação seria ciúmes sem fundamento. O sargento acreditaria que estava sendo traído, mas a polícia não confirmou essa hipótese.
Ainda segundo o Ministério Público, Samir apresentava comportamento frio, violento e agressivo. Ele teria ameaçado e agredido Amanda outras vezes. O caso segue em andamento na justiça.