Um caminhoneiro de Paulo Afonso, Bahia, foi vítima de um golpe de falso frete na noite de 28 de maio, em Jeremoabo, a cerca de 86 km de sua cidade natal. O crime envolveu tortura, sequestro e ameaças de morte.
Segundo informações do Portal Ilha News, a vítima recebeu uma ligação de um suposto contratante chamado “João”, que relatou problemas mecânicos em seu caminhão e pediu ajuda para transportar uma carga até Paulo Afonso. O caminhoneiro, dirigindo um Mercedes-Benz L 1113, seguiu até o Posto Paloma, em Jeremoabo, onde aguardou o contratante das 21h30 até meia-noite, sem sucesso.
Ao decidir retornar para Paulo Afonso, o motorista foi surpreendido por um homem armado que subiu na porta do caminhão e disparou contra o veículo, atingindo o retrovisor e o para-sol. Sob ameaça, ele foi obrigado a parar e, em seguida, rendido por quatro criminosos, um deles armado, que estavam em um Fiat Corsa prata.
Os criminosos obrigaram o caminhoneiro a seguir viagem com eles, inicialmente em direção a Canudos (BA) e depois para Carira (SE). Durante o trajeto, o sistema de freio do caminhão parou de funcionar, forçando o abandono do veículo. A vítima foi então levada para um local ermo, onde foi mantida em cativeiro e agredida diversas vezes ao longo de horas.
Após ser deixado às margens de uma estrada, próximo a um povoado, o caminhoneiro conseguiu pedir ajuda e retornar ao local onde seu caminhão havia sido abandonado. Ele conseguiu destravar as rodas do veículo e, finalmente, retornou para Paulo Afonso, onde registrou o caso na delegacia local.
A Polícia Civil de Paulo Afonso investiga o caso, mas até o momento nenhum suspeito foi preso. O crime reforça o alerta para caminhoneiros de todo o país sobre o aumento dos golpes de falso frete, que têm feito vítimas em diferentes estados, sempre com abordagens violentas e sequestros, como mostram casos recentes em São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A recomendação das autoridades é que motoristas redobrem a atenção ao aceitar propostas de frete de desconhecidos, especialmente quando feitas por telefone ou aplicativos não verificados.
O caso segue sob investigação, sem prisões até o momento.