O presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou nesta segunda-feira (26) seu desejo de restringir provedores de serviços estrangeiros no país, citando exemplos como Microsoft e Zoom. Segundo ele, a atuação dessas empresas estrangeiras vai contra os interesses nacionais russos. Putin também reforçou a importância de a Rússia desenvolver suas próprias alternativas de software.
Por que a restrição?
A posição do líder russo se justifica, em sua visão, como uma resposta às ações dos Estados Unidos. Ele argumenta que os EUA têm tentado limitar a presença de produtos russos em seu mercado. Diante disso, Putin defende que a Rússia deve retaliar, “imitando suas ações”, especialmente contra empresas americanas.
Putin detalhou seu raciocínio, afirmando que a Rússia não “expulsa ninguém, não incomoda ninguém” e oferece “as condições mais favoráveis para trabalhar em nosso mercado”. Ele concluiu que, já que estão tentando restringir a Rússia, o país deve “retribuir”.
Relação conturbada com Trump
Essa declaração surge em um momento de tensões recentes entre Putin e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump, que participa das negociações de paz na Ucrânia, reagiu fortemente a um ataque aéreo russo. Ele chegou a dizer que Putin “ficou completamente louco”.
Trump expressou sua frustração na rede social Truth Social. Ele mencionou que, apesar de um bom relacionamento anterior, sentiu que “algo aconteceu” com Putin. Trump criticou diretamente o ataque, considerando-o sem motivo e direcionado a cidades ucranianas.
Nesta segunda-feira, o governo russo comentou a fala de Trump. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, sugeriu que a forte declaração poderia ser resultado de uma “sobrecarga emocional”. Mesmo assim, Peskov fez questão de agradecer a cooperação dos EUA nas negociações pela paz.