Uma pesquisa recente da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG, está dando o que falar. O estudo analisou mais de dois bilhões de mensagens que eram públicas na plataforma Discord. Essa análise gerou um debate intenso sobre a privacidade dos usuários. A coleta de dados teria sido feita usando recursos da própria rede social.
Muita gente que usa o Discord ficou surpresa ao saber que era possível baixar essas conversas públicas. Nas redes sociais, diversos usuários levantaram a questão da privacidade, questionando se o estudo não seria uma invasão. Afinal, quem usa a plataforma? Geralmente são crianças e adolescentes que jogam e interagem por texto, voz e vídeo.
O que dizem os responsáveis pela pesquisa
Os responsáveis pela pesquisa explicam que o levantamento incluiu mensagens postadas entre 2015 e 2024. Importante destacar: eram apenas conteúdos de usuários que concordaram com os termos de uso do Discord e tinham seus perfis públicos. Para proteger a identidade das pessoas, os nomes reais foram trocados por pseudônimos. Eles contam que usaram o recurso “Discovery”, que permite ver servidores públicos, e a API da plataforma.
A posição do Discord
O Discord se manifestou sobre a pesquisa e levanta questionamentos. Mesmo que os dados tenham sido coletados usando recursos da rede, a empresa diz estar investigando a fundo a atividade. Um comunicado oficial afirma que a extração de dados em massa sem autorização por escrito viola os Termos de Serviço. A plataforma reconhece que os pesquisadores parecem ter protegido as identidades, mas reforça que a coleta sem consentimento formal ainda fere suas políticas.