Você já se perguntou por que as letras no seu teclado não seguem a ordem alfabética? Parece estranho, certo? Afinal, uma sequência A, B, C faria mais sentido para encontrar as letras rápido. Mas a verdade é que a disposição que usamos hoje tem uma história interessante por trás.
O design dos teclados modernos não é aleatório. Ele herdou seu formato de um equipamento do passado: a máquina de escrever. É nesse equipamento antigo que precisamos olhar para entender o layout atual.
A origem do layout QWERTY
O responsável por criar esse arranjo de teclas foi o inventor americano Christopher Latham Sholes. Foi ele quem desenvolveu o layout que hoje chamamos de QWERTY. O nome vem diretamente da sequência das seis primeiras letras que ficam na fileira de cima do teclado.
A história do QWERTY começa lá por 1867. Christopher Latham Sholes, junto com Samuel W. Soule e Carlos S. Glidden, trabalhou no desenvolvimento da primeira máquina de escrever comercialmente viável. Em 1873, a E. Remington and Sons comprou os direitos da invenção, a aprimorou e a lançou no mercado no ano seguinte.
Nos primeiros rascunhos, Sholes chegou a organizar as letras em ordem alfabética em duas fileiras. Mas ele continuou a experimentar e mudar a posição das teclas. Acredita-se que ele analisou a frequência com que certos pares de letras apareciam juntos.
Ao longo dos anos de desenvolvimento, Sholes fez várias alterações significativas. Ele inverteu a ordem de parte do alfabeto e moveu as vogais para a fileira superior. Esses ajustes levaram a um layout de quatro fileiras que já se parecia muito com o QWERTY moderno.
Quando a E. Remington and Sons assumiu a fabricação, eles fizeram os ajustes finais no teclado. Chegaram assim ao layout QWERTY que é amplamente usado hoje em dia.
Por que não segue a ordem alfabética?
Existe uma explicação muito popular sobre o motivo de Sholes ter criado esse layout diferente. Ela diz que a ordem QWERTY foi pensada para evitar que as hastes das máquinas de escrever travassem. Isso aconteceria se letras que apareciam juntas com frequência ficassem fisicamente próximas e fossem digitadas em rápida sucessão.
A ideia era separar letras comuns, como “T” e “H”, para diminuir a chance de as hastes baterem umas nas outras. Contudo, é importante dizer que essa teoria não tem comprovação histórica definitiva. Não há certeza se essa foi a verdadeira razão por trás da criação do layout QWERTY.