Sabe aquela sensação curiosa de já ter vivido uma situação que você tem certeza que é inédita? Essa é a experiência conhecida como déjà vu, um fenômeno que intriga a ciência há tempos. Apesar de envolto em mistério, pesquisadores já conseguem falar um pouco sobre o que acontece no nosso cérebro quando isso ocorre.
Uma “falha” no sistema?
Segundo explicações científicas, como apontado pelo Popular Science, o déjà vu pode ser causado por uma espécie de sinal trocado dentro do cérebro. Áreas cerebrais ligadas à familiaridade podem disparar de forma incorreta, criando um conflito: você sente que conhece algo, mas sabe que é novo.
Interessante notar que, em vez de ser um problema grave, essa breve confusão cerebral pode indicar que seus lobos frontais estão funcionando bem. Essa parte do cérebro atua na checagem das memórias, e o déjà vu seria um sinal de que esse sistema de verificação está ativo.
Gatilhos da sensação
Como essa sensação é desencadeada ainda é objeto de estudo, mas alguns pontos já são observados:
- O fenômeno pode ser disparado quando o cérebro reconhece padrões espaciais que lembram experiências passadas, mesmo que você não tenha uma lembrança consciente clara.
- Estudos usando realidade virtual conseguiram mostrar que cenas semelhantes, que não são idênticas, podem gerar essa sensação de reconhecimento enganoso.
- Pessoas com disfunções neurológicas, como a demência, podem ter episódios de déjà vu mais vezes, pois o cérebro delas tem dificuldade em distinguir memórias reais de memórias falsas.
Mistério em aberto
Embora a ciência tenha essas explicações, a razão exata pela qual o déjà vu acontece ainda não é completamente conhecida. A principal hipótese hoje é que se trata de uma falha pontual no processo de recuperação das nossas memórias.
No fundo, como explicam os especialistas, o déjà vu mostra que o cérebro está tentando dar sentido à experiência atual, buscando por semelhanças com memórias passadas.