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Samba junino: a tradição baiana que resiste e ganha força na periferia

Samba junino pulsa forte na periferia de Salvador. Essa tradição baiana resiste, forma talentos e é projeto social, mostrando a força cultural dos bairros.

Última atualização: 24/05/2025 00:03
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Foto: Secult / Bahia
Foto: Secult / Bahia
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Imagine uma festa junina em Salvador. Você espera sanfona e zabumba, certo? Mas na capital baiana, a tradição ganhou um ritmo diferente na periferia. O samba duro junino, parente do samba de roda, usa tambores e palmas para animar as ruas. Essa manifestação cultural acontece entre o Sábado de Aleluia e o início de julho, se tornando um ponto forte dos bairros populares.

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O Ritmo que Veio do Terreiro

A origem exata dessa batida não é totalmente clara, mas muitos apontam para uma forte conexão com as religiões de matriz africana. Pense nos sambas tocados nos terreiros. O professor Gustavo Melo, especialista no assunto, explica que o samba junino é próximo do ritmo Cabila e do samba duro. Ele evoluiu do samba de roda, mas seguiu um caminho próprio nas ruas de Salvador.

Como Tudo Começou nas Ruas

O movimento ganhou força social graças a iniciativas como o Festival de Samba Duro Junino do Engenho Velho de Brotas. Em 1978, os irmãos Mário e Jorge Sacramento, conhecidos como Mário Bafafé e Mestre Jorjão Bafafé, deram o pontapé inicial. Eles lembram que cresceram cercados pelo samba em casa, que vinha dos terreiros. Um dia, decidiram levar essa energia para a rua.

Mário conta que ouvia o som dos tambores vindo de outros bairros e teve a ideia de unir os grupos. Ele convidou três deles para uma festa e pediu a opinião dos vizinhos sobre qual gostaram mais. Esse encontro marcou o início do festival, que em 2025 vai comemorar 47 anos. Os irmãos Bafafé são considerados os pioneiros por criar essa plataforma.

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Uma Identidade Forte e Original

Para os irmãos, o nome “Samba Duro Junino” ajuda a marcar essa diferença, especialmente do pagode. Eles destacam que a música é feita com a identidade deles, falando da terra e do dia a dia. É um São João com tambores, não com sanfona. Jorge Bafafé reforça: o tambor é a identidade musical e cultural deles.

Vagner Shrek, presidente da Liga de Samba Junino, concorda. Ele explica que o samba junino tem características próprias, como o uso específico de timbal, tamborim e surdo, e os grupos costumam trazer temas para os desfiles. Um grupo de partido alto que se apresenta em junho, por mais importante que seja, não é samba junino. Essa distinção é vital para a preservação da tradição, segundo o músico Gustavo Melo.

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Berço de Talentos na Periferia

Essa manifestação na periferia não só resiste, mas também forma novos artistas. Muitos nomes famosos da música baiana começaram nos grupos de samba junino de seus bairros. Nomes como Tonho Matéria, Beto Jamaica, Márcio Victor, Neguinho do Samba e Tatau trilharam esse caminho.

Gustavo Melo menciona que a influência é mútua. O ritmo do É o Tchan, por exemplo, surgiu após membros do antigo Gera Samba participarem de ensaios de samba junino. Eles adaptaram músicas de um grupo chamado Samba Fama. Melo também destaca como os blocos afro, como Ilê Aiyê e Olodum, influenciaram o samba junino, dando um forte senso de pertencimento.

Mais que Festa: Um Projeto Social

Vagner Shrek vê o samba junino como um verdadeiro “conservatório de música” na periferia. Mais do que uma festa, é um espaço onde jovens aprendem música. Foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador. Os eventos são gratuitos, levam cultura para quem não tem acesso a shows pagos e movimentam o comércio local.

Shrek também aponta um aspecto crucial: os jovens envolvidos com o samba junino se afastam da criminalidade. Ele fala que ninguém precisa brigar ou usar violência. Há registros de 25 anos sem ocorrências policiais graves durante os desfiles. Essa forma comunitária e socialmente engajada é um pilar do movimento, segundo Jorge Bafafé. Eles têm a cultura e não abrem mão dela.

Desafios para a Resistência

Apesar de sua importância e presença, o samba junino enfrenta dificuldades. Vagner Shrek cita a falta de apoio público. O festival da Liga chegou a parar no ano passado por falta de patrocínio. Ele defende que não basta registrar a manifestação, é preciso investir, criar algo como um “Ouro Negro” para o São João.

Neste ano, alguns eventos recebem apoio público, como o Festival da Liga (R$ 20 mil) e o da Federação no Engenho Velho de Brotas. Mas o valor ainda é limitado, insuficiente para cobrir todos os custos ou pagar cachês aos grupos. Outra preocupação para Gustavo Melo é a falta de novos talentos para garantir o futuro da tradição. Muitos que atuam são da velha guarda.

Os irmãos Sacramento já trabalham nisso. Eles têm um projeto com crianças e jovens de 7 a 14 anos, o samba-mirim. Eles ensaiam todo sábado e até abrirão o São João deste ano. Os jovens mostram muito interesse em participar.

Com ensaios desde abril e festejos intensos em junho e julho, o samba junino, com sua batida única e forte ligação com a periferia afro-brasileira, continua a dar o tom das celebrações juninas em Salvador.

TAGS:#Salvadorcultura baianaSamba Junino

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